sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quanto custa sua balada?

40, 65, 150, 300 reais… Quanto você costuma pagar em uma noite de balada? No país em que o salário mínimo vale R$ 510,00, a galera gasta cada vez mais em festas e casas noturnas.

Com certeza você já ficou sem grana no meio do mês e te chamaram para a melhor balada de todas! Certeza, também, que você gastou muito na última saída e ficou sem nada na carteira. Calma! A galera desembolsa cada vez mais dinheiro em uma saída.

Mas a pergunta é:

Se gasta só dinheiro?

Tem gente que gasta o futuro, tem gente que gasta os afetos, tem gente que gasta a paciência dos que o amam. Tem gente que literalmente se gasta!

Ai faço mais uma pergunta, vale à pena gastar tanto?

O problema está no valor que dou a mim mesmo! A galera tem se desvalorizado tanto que não tem se dado o preço real.

O Apóstolo Paulo diz em uma de suas cartas, que fomos comprados pelo Sangue de Jesus. Pense, você vale o sangue de Jesus! É muita coisa!

Acredito que como jovens temos necessidade de diversão! Curtir a vida! Isso não é ruim, a forma que isso se dá é que pode trazer muita coisa boa e má!

Você curte com sua galera? Sabe o valor que você tem e o valor que o outro tem?

Se você disse sim, sei que sabe se cuidar. Sabe se valorizar.

Mas o valor é SANGUE! Não é qualquer coisa!

Você é um dom, um presente!

“Somos um presente de Deus, no que nos transformamos é

um presente para Ele” (Dom Bosco)

Se você passou por acaso por este texto e pensou que eu te daria opções de baladas, preços e etc. Desculpe só queria falar o valor que você tem! O preço que tenho para te dar é: você vale o sangue de Jesus.

Custa caro!

Não se trate como um qualquer e não deixe que os outros coloquem preço em você! Você é precioso! É dom! É presente!

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Tamu junto

Adriano Gonçalves
“Combater na alegria”

Texto base: Eclo 30,22-27


Há muitas pessoas que desanimam quando estão perto de alcançar o que tinham buscado. Sabe porque as vezes você desanima quando tudo parece pesado, difícil? Porque é nesse momento que você está mais próximo de alcançar o projeto de Deus.

O ataque vem intenso, pois quando você sobe no topo, você passou para outro nível, venceu mais um obstáculo e ali o diabo não consegue mais derrubá-lo; então ele lança nuvens para que você não veja o topo, ou aquilo que Deus disse que iria acontecer.

Para que você não veja seu casamento restaurado, suas finanças transformadas, as pessoas sendo ganhas para Jesus. No combate espiritual, o bom combate que nos fala São Paulo em Ef 6, no qual quero tratar é dizer que devemos assumir com resposnabilidade cristã, é um combate abrangente, entre as trevas e a luz.

Onde todos estamos envolvidos. Não há como dizer eu não estou envolvido…

Nesse combate não posso ficar na inérica de tantos irmãos sentados esquentando os bancos, discípulos que deviam estar lutando.

Difícil meu amado não é ser católico, difícil é manter-se católico.

Então devemos seguir alguns princípios:

1. O combateente deve possuir coragem e perder o medo. (Hb 2,14-15)

* Eu e você não podemos ficar escondidos debaixo dos bancos. (Rm 1,1-2)

“Combate é a atitude de fazer guerra contra; Quando estamos envolvidos na oração há um aumento de combate. Quando, oramos qualquer tipo de oração, num certo sentido estamos fazendo guerra contra o diabo.”

* Ef 6,10-18 (Fortalecei…) quer dizer: Adquira força espeiritual! Temos a obrigação de nos preparar para o combate.
* Fique firme, porque a promessa e muito maior que a provação, que você está abrassando!

2. Persevere na fé, talvez você esteja nesse momento, em uma situação tão difícil que pense não ter, mas o Senhor nos diz:

“Espere o 3º dia, virá a ressurreição.” Esta é a resposta.

Mas mutos não perceveram, deisitem no 1º, 2º e alguns até no 3º dia, quando estão quase para receber a benção. Onde você tem colocado seus olhos?

No problema ou naquele que resolve o problema?

É isso que Jesus quer de você, entenda mesmo que a situação na sua vida diga morte, mas o Senhor diz vida, na sua família, finanças e saúde.

“Deus está mudando sua história, não permita que a notícia velha venha dominar sua vida”

Toda notícia que satanás lhe traz mesmo no momento que ela chega, já é passada, porque já tem uma Palavra nova de Deus que é contrária aquela notícia, e vai mudar o rumo de sua vida, mas depende do jornal que você está lendo.

“A Palavra de Deus é um jornal diário, todo dia tem uma Palavra fresca de restauração de famílias, vidas sendo mudadas. Tudo o que você precisa está Nela.”

“Desligue o canal que está trazendo má notícia e medo para a sua vida, jogue fora o jornal de más notícias e abra a Palavra de Deus, que traz ânimo e coragem.”

“Deus hoje vai te levar a um novo olhar, ânimo novo. Entrega-te completamente a Ele como Seu Senhor e Salvador e vença os gigantes que se levantaram para querer te desanimar.”

Pe. Silvio de Barros

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Homilia Diária

26 de janeiro 2010

Existe uma multidão que está pronta para receber o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas muitos deles estão no mundo, têm uma vidinha longe de Deus, porque não ouviram quem lhes falasse do Senhor. Desde a Morte de Jesus, de Sua Ressurreição e Ascensão, Ele está esperando o Pai Lhe dizer para vir buscar os que ficaram aqui na terra. Para isso, Cristo precisa encontrar todos preparados para recebê-Lo. Neste mundo de Deus existem muitos só esperando Jesus chegar, mas também existem muitos que nem sabem que Ele virá.

Lucas 10,1-9

Os setenta e dois discípulos estavam preparados, eles acolheram a verdade e de dois em dois foram anunciando Jesus. Porém, o Senhor lhes faz um pedido: disse-lhes que pedissem ao Pai que mais pessoas se juntassem a eles. Existe uma multidão que precisa ouvir falar de Jesus e setenta e dois discípulos não são o sufuciente para isso; era preciso que mais pessoas se juntassem a eles.
Reze para que apareça mais gente para ajudar você. No nosso coração deve existir uma comoção, um desejo muito grande de salvação de pessoas. Olhem em volta e vocês vão ver que existe muita gente que pode ajudá-los a anunciar a Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Padre Jonas, há uns 30 anos, cantava, rezava, fazia tudo sozinho. Chegou um momento em que Jesus tocou o coração dele e ele procurou pessoas que o ajudassem. Naquele apelo que ele fez doze pessoas levantaram o braço, foi quando ele começou tudo.
Nós precisamos compreender que existem pessoas que estão necessitando muito, elas precisam se encontrar com Jesus antes que Ele venha. Quem não estiver com Nosso Senhor vai ficar para trás. Jesus está colocando [essa responsabilidade] nas nossas mãos. As pessoas precisam se encontrar com o Senhor. No entanto, nós não podemos pensar que só porque nós O encontramos está tudo certo. Precisamos levar o que encontramos aos outros.
Jesus precisa de você. Você é importante na messe. Por que você fica inventando desculpa se o Senhor está o chamando para algo superior? Entenda o que o Senhor quer de você. O inferno não pode ganhar mais ninguém, nós precisamos de pessoas que façam o inferno ficar com raiva e o céu vibrar de alegria!
Que Deus abençoe você que compreendeu o chamado de Deus. Siga e peça que o Senhor mande pessoas para ajudá-lo. Deus precisa de nós. A primeira parte Ele já fez, agora a segunda é nossa. Precisamos preparar as pessoas para vinda do Senhor. A Igreja de Jesus precisa de operários.

Homilia de padre José Augusto
Missionário da Comunidade Canção Nova

Leitura da Semana (25/01 à 31/01)


Segunda-Feira, 25 de Janeiro de 2010

Evangelho (Marcos 16,15-18)
Conversão de São Paulo
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Terça-Feira, 26 de Janeiro de 2010

Evangelho (Lucas 10,1-9)
São Timóteo – São Tito

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’ ”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2010

Evangelho (Marcos 4,1-20)
3ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galileia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia.
2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3“Escutai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto.
8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um”. 9E Jesus dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: “A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados”. 13E lhes disse: “Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem.
18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Quinta-Feira, 28 de Janeiro de 2010

Evangelho (Marcos 4,21-25)
Santo Tomás de Aquino

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


 
Sexta-Feira, 29 de Janeiro de 2010
 
Evangelho (Marcos 4,26-34)
3ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Sábado, 30 de Janeiro de 2010

Evangelho (Marcos 4,35-41)
3ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Domingo, 31 de Janeiro de 2010 4º Domingo do Tempo Comum


Primeira leitura (Jeremias 1,4-5.17-19)
Leitura do Livro do Profeta Jeremias:

Nos dias de Josias, rei de Judá, 4foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: 5“Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações.

17Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão eu te farei tremer na presença deles.18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Segunda leitura (1º Coríntios 12,31—13,13)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 31Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior.
13,1Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
2Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada. 3Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria. 4A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; 5não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; 6não se alegra com a iniquidade, mas se regozija com a verdade. 7Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. 8A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.
9Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. 10Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. 11Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. 12Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido. 13Atualmente, permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 70)

— Minha boca anunciará todos os dias/ vossas graças incontáveis, ó Senhor!
— Minha boca anunciará todos os dias/ vossas graças incontáveis, ó Senhor!

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor:/ que eu não seja envergonhado para sempre!/ Porque sois justo, defendei-me e libertai-me!/ Escutai a minha voz, vinde salvar-me!

— Sede uma rocha protetora para mim,/ um abrigo bem seguro que me salve!/ Porque sois a minha força e meu amparo,/ o meu refúgio, proteção e segurança!/ Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,/ em vós confio desde a minha juventude!/ Sois meu apoio desde antes que eu nascesse,/ desde o seio maternal, o meu amparo.

— Minha boca anunciará todos os dias/ vossa justiça e vossas graças incontáveis./ Vós me ensinastes desde a minha juventude,/ e até hoje canto as vossas maravilhas.


Evangelho (Lucas 4,21-30)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: 21“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” 23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do dia!

Não permita a concretização do pecado
Terça-Feira, 26 de janeiro 2010

Não podemos ser ingênuos! Existe muita tentação que o demônio nos apresenta, mas a pior delas já existe em nós: a concupiscência. Ela age de duas maneiras: violenta e jeitosa.

Com a primeira, ela arrasta, sem medo, a pessoa para o pecado. Com a outra, mais comum - a concupiscência jeitosa -, vai chegando de mansinho, com sedução, “piscando” de lado, dando sorrisinhos... e vai atraindo até você cair. A Palavra de Deus esclarece: não é o maligno, é a própria concupiscência que nos arrasta e seduz. O diabo apenas se utiliza dela para nos derrubar.

“Uma vez fecundada, a concupiscência dá à luz o pecado, e o pecado, tendo atingido a maturidade, gera a morte” (Tg 1,15a).

Quando o pecado amadurece e cria raízes em nós, fica difícil nos livrar dele. Somente pelo arrependimento e pela confissão Deus arranca o pecado pela raiz, mas mesmo assim temos de ficar atentos porque a concupiscência continua dentro de nós como semente.

A concupiscência é “sem vergonha”. Depende de você aceitá-la ou não para o pecado se concretizar.

Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Carta ao Povo do Rio de Janeiro



Vivemos hoje o dia do nosso padroeiro São Sebastião, dia marcante desde que há 445 anos Estácio de Sá trouxe a imagem do nosso padroeiro para esta nossa cidade e logo depois construindo uma pequena e tosca capela. Séculos se passaram e a história desta cidade tornou-se um marco não só para o Brasil, mas para o mundo.
A Igreja sempre esteve presente nesta história e hoje procura também desempenhar a sua missão colocando-se a serviço de todos, em especial, dos que mais necessitam e buscam os caminhos para viver a sua vocação de cidadão desta metrópole.
Hoje estamos anunciando a todos que o nosso querido irmão, D. Edney Gouvêa Mattoso, até agora Bispo Auxiliar desta nossa Arquidiocese, foi nomeado 4º Bispo Diocesano de Nova Friburgo sucedendo o nosso querido D. Rafael Llano Cifuentes que passará a servir a Igreja sem o ônus da administração e pastoreio de uma Diocese.
Após o início do ministério de D. Edney, em Abril próximo, iniciando a sua nova missão, todos os trabalhos que ele exerce em nossa arquidiocese continuarão normalmente e nenhuma delas deverá parar. Todos os responsáveis, animadores, coordenadores e demais serviços estão confirmados em seus cargos e missões. Os trabalhos episcopais próprios serão assumidos por um dos irmãos bispos auxiliares que continuam no serviço de nossa Arquidiocese.
Convido a todos para que, assim que for definida a data e horário do início de sua missão em Nova Friburgo para que possamos acompanhá-lo entregando àquela Diocese esse nosso querido irmão.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro já entregou muitos de seus Bispos Auxiliares para muitas Dioceses do Brasil. Agora o faz novamente com a certeza de que levará consigo uma experiência riquíssima aqui adquirida e continuarão os trabalhos que herdará de seu antecessor.
Peço a oração de todos por D. Edney e pela Diocese que ele assume, assim como também pela nossa missão e nossa querida Arquidiocese que hoje celebra solenemente o seu padroeiro, São Sebastião.
Com tanta alegria percorri a cidade do Rio de Janeiro chamando a todos para a unidade e para celebrarmos com alegria a festa do padroeiro. Agora conclamo para que continuemos trabalhando com ânimo renovado em nossas comunidades e procurando encontrar caminhos para as dificuldades várias que temos ao redor e com muita alegria servindo a Deus e aos irmãos e irmãs.
Com orações por todos e, em especial pelos que mais sofrem, invoco para todos uma bênção especial.
São Sebastião

São Sebastião O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais oriundos de Milão, na Itália, no século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à de seus irmãos!

Ao entrar para o serviço no império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do império. Sebastião ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas do mistério da Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. Mas um apóstata denunciou-o para o império e lá estava ele, diante de um imperador muito triste, porque era uma traição ao império. Mas ele deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o império era este serviço. Denunciou o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensar que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem. Evangelizou, testemunhou, mas, desta vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.

São Sebastião, rogai por nós!
Sem. Leandro Soares
                                  
Papa destaca importância da comunhão entre os cristãos
Quarta-feira, 20 de janeiro de 2010, 10h20

Da Redação, com Rádio Vaticano




Papa Bento XVI durante a Audiência Geral desta quarta-feira na Sala Paulo VI no Vaticano
Na audiência geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI destacou a importância da comunhão entre os cristãos. Bento XVI recebeu cerca de 6 mil peregrinos na Sala Paulo VI, e recordou a Semana de oração pela unidade dos cristãos que acontece essa semana no Hemisfério Norte. No Brasil a semana é celebrada de  16 a 23 de maio.
"As relações entre a Igreja Católica e as outras confissões cristãs progrediram nos últimos 50 anos e de modo especial, em 2009, e com a ajuda de Deus, o diálogo pode prosseguir. Devemos saber que o trabalho ecumênico não é um processo linear e que, enquanto os velhos problemas perdem peso, surgem novos problemas e dificuldades. Temos que estar prontos para um processo de purificação, no qual o Senhor nos torne capazes de ser humildes", disse o pontífice.

O Papa pediu a todos que rezem para que os cristãos ofereçam um novo testemunho comum de fidelidade a Cristo, através de oraes e esforços. E citou alguns dos passos feitos em prol da aproximação entre os cristãos: os progressos da comissão teológica com os ortodoxos, o décimo aniversário da declaração conjunta com os luteranos sobre a justificação e a decisão de acolher na Igreja um grupo de anglicanos tradicionalistas.

Saudação em português

"Queridos irmãos e irmãs, estamos a viver a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que, este ano, nos convida a meditar nas palavras de Jesus ressuscitado aos seus discípulos: 'Vós sois testemunhas de tudo isto'. Mas, como poderá o mundo, que ainda não conhece o Senhor, dar crédito às palavras de testemunhas d’Ele divididas, se não mesmo contrapostas? Por isso é muito importante que os cristãos cresçam na profissão comum da fé e no testemunho concorde de Jesus Cristo. A Igreja Católica, sobretudo desde o Concílio Vaticano II, tem criado relações fraternas com todas as Igrejas do Oriente e as Comunidades Eclesiais do Ocidente, mantendo com a maior parte delas diálogos teológicos bilaterais que levaram a encontrar convergências ou mesmo consensos em vários pontos, aprofundando assim os vínculos de comunhão. Peço a oração de todos pela consolidação destas relações fraternas que levem a um fiel e concorde testemunho de Cristo.

Amados peregrinos que, em português, professais a fé no único Senhor de todos os povos e línguas, as minhas cordiais saudações, com votos de serdes obreiros de paz, cooperação e unidade no meio dos vossos familiares e conterrâneos, colaborando com todos os cristãos por amor de Cristo. O seu Nome vos una! Em seu Nome, o Papa vos abençoa!".
Bento XVI nomeia novo bispo para diocese de Nova Friburgo (RJ)
Quarta-feira, 20 de janeiro de 2010, 09h06
CNBB


O Papa Bento XVI nomeou nesta quarta-feira, 20, Dom Edney Gouvêa Mattoso, para a diocese de Nova Friburgo (RJ). Ele sucede a Dom Rafael Llano Cifuentes, que, em conformidade com o Cân. 401.1 do Código de Direito Canônico, pediu renúncia por causa da idade, que foi aceita pelo Santo Padre. Dom Rafael estava na diocese de Nova Friburgo desde maio de 2004. Seu lema episcopal é “Tudo atrairei a mim”.

Natural do Rio de Janeiro (RJ), Dom Edney Gouvêa Mattoso, 52 anos, até então era bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro. Sua nomeação episcopal aconteceu em 12 de janeiro de 2005 e sua ordenação aconteceu na própria arquidiocese do Rio, em 12 de março do mesmo ano. Durante sua vida acadêmica ele fez três cursos: filosofia e teologia na Faculdade de Teologia do Rio de Janeiro, e licenciatura plena em ciências biológicas.

Como bispo ele já foi responsável pela animação do Vicariato Episcopal de Leopoldina; da Pastoral da Educação; do Ensino Religioso; da Liturgia; da música e arte sacra; dos ministérios ordenados e da iniciação cristã. Seu lema episcopal é “Seja feita a tua vontade” (Mt 6, 10).
Para refletir e rezar: O santo e o jarrão.
Por Padre Luizinho no dia jan 19th, 2010 sobre Espiritualidade.

Jesus tocava fundo os corações quando contava historias e ensinava através de parábolas. A pedagogia do Mestre de Nazaré até hoje é copiada e tem enormes resultados dentro e fora da fé. Seguindo os ensinamentos de Jesus, quero iniciar o nosso dia usando a Sua sabedoria para refletir e rezar. Parábola: ‘O Santo e o Jarrão’.



Um santo vivia ansioso com o desejo de ver Deus. Depois de muito assim desejar, Deus lhe falou em um sonho


e marcou um encontro com Ele no alto de uma montanha, a sós, para poder abraçá-lo.
O santo acordou vibrando! Nem poderia acreditar! Era tudo o que mais desejava na vida: ver Deus! Abraçar o próprio Deus!
Aí, começou a pensar: ‘O que vou levar para oferecer a Deus? Não poderei encontrá-lo assim, de mãos vazias… ‘ Vou levar o meu Jarrão! O meu precioso jarrão!
Mas… não posso levá-lo vazio… tenho que enchê-lo de ouro, prata, pedras preciosas… mas, tudo isso, nada vale aos olhos de Deus! É… vou enchê-lo com o que tenho de melhor: minhas orações!’
A partir desse dia, aquele santo duplicou suas orações e, por cada uma delas, colocava no jarrão uma pedrinha… quando estivesse cheio, ele subiria ao monte para encontrar-se com Deus e lhe oferecer aquele presente.
Chegou finalmente o dia! E o velho santo, vibrando de alegria e de expectativa, subiu ao monte, carregando seu precioso jarrão, cheio de orações.
Quando lá chegou, ficou a espera… mas nada de Deus se manifestar. Começou o santo a ficar inquieto… e acabou reclamando do próprio Deus… afinal, ele tinha feito a sua parte, tinha se preparado para aquele momento… e Deus, que o havia convidado, agora nem aparece!
Depois de muita reclamação, eis que se ouve uma voz a dizer:
- ‘Onde estás? O que colocaste entre nós, que não consigo te ver? Por que te escondes de mim?
E o santo respondeu com prontidão: _ ‘Aqui, Senhor! Sou eu! Trouxe um jarrão cheio com as minhas orações!
- Mas eu não te vejo! Por que te escondes atrás desse enorme jarrão?! Assim não posso te ver! Como poderei te abraçar?! Joga fora esse jarrão!’
- ‘Jogar fora o meu precioso jarrão?!’. Respondeu o santo admirado. ‘Eu o trouxe como presente para Ti!’
- ‘Joga ele fora!’ - Falou Deus. ‘Quero abraçar-te! É você que eu quero!’

Medite um pouco… Repasse a cena colocando-se no lugar daquele santo e depois responda: Nestes últimos tempos, tenho andado a esconder-me de Deus? Como e em quê isso se manifesta na minha vida? O que eu coloquei entre eu e Deus, nestes tempos?
Leitura Bíblica: Filipe disse a Jesus: «Senhor mostra-nos o Pai e isso nos basta». Jesus respondeu: «Há tanto tempo que estou no meio de vós e ainda não Me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que dizes: “Mostra-nos o Pai”? Não acreditas que Eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo por Mim mesmo, mas o Pai que permanece em Mim, Ele é que realiza as suas obras. Acreditai em Mim: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai nisto, ao menos por causa destas obras». (Jo 14, 8-11)
A face do Pai  está revelada  em Jesus, ou seja,  Jesus revela a face do Pai! Recordemos!!!
Este texto nos fala de nossa vida de oração, do nosso relacionamento com Deus. Leia novamente, faça a sua reflexão e tire as suas conclusões, as lições para sua vida. Hoje ela pode orientar e conduzir o nosso dia, quando a gente pensa, reflete e se questiona crescemos por dentro e os primeiros a notar serão aqueles que convivem conosco.


Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Saber discernir à luz de Deus

Muitas pessoas dizem que estão em crise de fé

Quando só Deus é a resposta. Todos nós passamos por momentos difíceis na vida, nessas horas parece que ninguém tem resposta para nós, só Deus; mas, muitas vezes, não O escutamos.

Muitas pessoas dizem que estão em crise de fé; isso acontece porque muitas vezes baseamos a nossa fé em nós mesmos. Nossa fé precisa estar em Jesus Cristo e na sua Igreja. A nossa fé é coisa séria, nossa Igreja existe há mais de dois mil anos, por isso é algo sólido. Se você não quer se basear na sua fé, creia na Igreja.

'Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações' (Atos dos Apóstolos 2, 2).

É preciso ter o dom do discernimento para colher de Deus a vontade d'Ele. O Senhor nos fala e nos guia por meio de palavras de ciência, de profecia, mas estas precisam ser utilizadas com discernimento. Há três tipos de "espíritos" em nós: o espírito humano, o Espírito Santo de Deus, que fala em nós, e também há o "espírito de porco", que vem fantasiado de anjo de luz, vem agradando. É preciso ter discernimento, por isso é bom ler todos os dias a Palavra de Deus, que é viva e eficaz, e estudar os dogmas da Igreja. Ter o conhecimento da Palavra de Deus e da Igreja nos ajuda a discernir e a sermos guiados pelo Espírito de Deus.

Edith Stein dizia: "Não sei para onde Deus me leva, mas sei que Ele que me conduz".
Há uma história de um menino que subiu em um trem e seguiu viagem até que um funcionário da linha do trem o viu e lhe perguntou se ele sabia aonde o trem iria e se ele tinha algum lugar para ir e o garoto lhe respondeu que não. Então, ele lhe pediu o telefone do seu pai para que o retirasse dali, e o menino, sorrindo, disse – "Meu pai é o maquinista; não importa para onde eu vou, porque vou com o meu pai". Que o "maquinista" da sua vida seja Deus!

Existe uma frase que encontrei em três lugares na Bíblia: 'Meu justo viverá da fé', e para completar essa frase em Hebreus 11, 6 está escrito: 'Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram'.

É preciso ser um homem de oração, de fé, mas também um homem que trabalha, pois é preciso rezar e trabalhar. Quem trabalha não entra para o mundo do crime, da farra e da bebida. O trabalho dá dignidade. Por isso, é preciso trabalhar e rezar.
O que devemos fazer quando estamos sofrendo? É preciso procurar alguém que busque a santidade. Procure aconselhamento. Eu aconselho muitas pessoas, hoje, muito mais por e-mail, e 80% deles são problemas.

'Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela' (1Cor 10,13).

Deus é fiel, é o bom Pai, e, muitas vezes, Ele permite que soframos, pois, quantas vezes é preciso dar uma injeção no filho por causa de uma doença? A criança grita e chora nesse momento, mas você permite isso por amor. Às vezes Deus vê que nossa alma está "resfriada", às vezes, com "câncer". O Senhor se preocupa com nossa alma, porque esta não vai morrer. Há duas mortes: a primeira quando a alma se separa do corpo, mas o perigoso é quando alma se separa de Deus, pois aí ela vai para o inferno. O inferno é algo pavoroso, porque é frustração total, porque você foi feito para Deus e O rejeitou. Você já se apaixonou por alguém que não o correspondeu? Isso dói. O inferno é a falta de quem você tem necessidade, é a falta de Deus. Mais importante que o corpo é alma.

A maior crise que o homem vive hoje é a supervalorização do corpo, temos que ter corpos maravilhosos, temos que ter roupas e sapatos de marca. Nós precisamos dessas coisas, mas não deve haver exagero, não devemos nos preocupar demasiadamente com o físico. Se nós cuidamos bem do corpo, nós precisamos cuidar da alma melhor ainda! É preciso cuidar dela, o meu primeiro momento do dia eu dou à minha alma, vou à Santa Missa.

Jesus aceitou ajuda no caminho para o calvário. Se o Senhor precisou de um cireneu chamado Simão, peça a Deus para lhe revelar quem na sua vida será o seu "cireneu". E seja um ["cireneu"] com os outros também


Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pelaUNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias"
TER IMAGENS NA IGREJA, OU EM CASA É IDOLATRIA?

Acredito muito numa catequese permanente. Todos nós, tendo ou não recebido os sacramentos da iniciação Cristã, devemos estudar, ler e aprender sempre mais sobre a Palavra de Deus e sobre o que nos ensina o magistério da Igreja, através dos documentos de ontem e de hoje.
Pelas perguntas feitas no programa de rádio, Fé em Debate, pelas cartas e pelos depoimentos de fiéis que chegam através de nosso site, percebo o nível superficial de alguns pontos da fé, de muitas pessoas que o desconhecimento das verdades da fé, gera medo, desconforto e até incredulidade.
Por isso, aproveito esse espaço para novamente tratar de um dos assuntos do qual mais sou questionado: "Ter imagens na igreja ou em casa é idolatria?"


Imagens & idolatria

De fato, em Deuteronômio 4,15-16 está escrito: "No dia em que o Senhor vos falou do meio do fogo Horeb, não viste figura alguma. Guardai-vos bem de corromper-vos, fazendo figura de ídolos de qualquer tipo". Há quem leia esse texto bíblico e conclua que ter imagens é coisas do mal ou idolatria.
Porém, vale a pena ressaltar: há outros trechos bíblicos que incentivavam ao povo judeu ter imagens. Lembremos por exemplo, que Deus pede a Moisés que construa uma arca de madeira, com imagens de dois querubins na tampa (Ex 25,10-32). E, das passagens que falam da construção de um templo em Jerusalém e descrevem como seriam as imagens dos querubins (1Rs 6,23-28; 2Cr 3, 8-13).
Ainda no Antigo Testamento, no Livro dos Números, Deus manda que Moisés faça uma serpente de bronze e a coloque sobre uma haste, para que o israelita que fosse mordido por uma serpente, olhando para a serpente de bronze conservava a vida (Nm 21,4 -9).
Portanto, através desses textos, constatamos que a própria Bíblia mostra que as imagens eram aceitas pelos judeus. Assim, podemos afirmar que "o culto às imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe adoração aos ídolos". Ou seja, ídolos são ídolos; imagens são imagens.
Ídolos são todas as coisas que podem ocupar no altar do coração do ser humano o lugar de Deus. Enquanto que, imagens são sinais visíveis do Deus invisível, que estabeleceu em Cristo uma Nova Aliança. Ver representando o rosto humano do Filho de Deus, "imagem de Deus invisível" (Cl 1,15) é ver “o verbo feito carne" (Jo 1,14).
A arte pode representar a forma e levar àquele que a contempla ao mistério do mesmo Deus feito homem para nossa salvação.
Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam "a nuvem de testemunhas" (Hb 12,1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado "à imagem de Deus" e transfigurado "à sua semelhança", assim como os anjos, também recapitulados em Cristo (CIC 1161).
Imagens e iconografias das catacumbas indicam que as comunidades cristãs primitivas representavam Jesus, como o peixe, o Bom Pastor e outras pinturas representando santos e anjos. As catacumbas de Santa Priscila, em Roma, mostram fragmentos de um afresco de Maria com o Menino Jesus.
Estes registros comprovam que para os cristãos primitivos, o uso imagens não eram consideradas de idolatria. A primeira heresia contra seu, conhecida como iconoclasmo, ocorreu no século 8, pelo imperador bizantino, Leão III.

Adoração & veneração

O Concílio de Nicéia II, realizado no ano de 787, foi de fundamental importância para a resolução da polêmica quanto ao uso das imagens e a heresia iconoclasta - contra imagens. Muitos se apegam a este Concílio para manter unidas as igrejas do Oriente e do Ocidente. Do lado Ocidental destacamos João Damasceno, que utilizou argumentos fortíssimos para mostrar que as imagens não são idolátricas: "A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus", afirmava ele.
Do lado Oriental, os Santos Nicéforo e Teodoro apontavam a veneração do ícone como parte da liturgia: "Como a leitura dos livros matérias pertence à audição da Palavra viva do Senhor, assim a exposição de um ícone figurativo permite àqueles que o contemplarem ter acesso aos mistérios da salvação mediante a vista".
Ou seja, o Concilio Ecumênico da Nicéia II estabeleceu uma distinção sobre adoração e veneração que é de grande importância para todos nós. De um lado existe a verdadeira adoração (latro) que só é devida a Deus, e do outro, a "prosternação de honra", a veneração que se tem para com as imagens.
A Igreja nunca pregou "adoração" aos santos ou à Virgem Maria. Por isso repito: a adoração (latria) é devida somente e exclusivamente a Deus. Segundo São Basílio: "A honra prestada a imagem se dirige ao modelo original". São Tomás de Aquino, diz em sua suma teológica sobre as imagens: "O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidade, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é a imagem".
As imagens são expressões da linguagem da beleza e da arte a serviço da fé. A arte está na Igreja para expressar a realidade da encarnação e exprimir a realidade de Jesus Cristo, que se dignou habitar na matéria assumindo a forma humana.

Verdades confirmadas

Espero que todos esses argumentos possam ter clareado e servido para aumentar mais a fé em Cristo e na Igreja. É possível confirmar todas essas verdades no Novo Catecismo da Igreja Católica - dos parágrafos 1159 à 1162 e 2129 à 2132.
O último Concílio Ecumênico, o Vaticano II, confirma as afirmações e exortações dos concílios anteriores (L.6 nº 157) e faz, sem dúvida, uma advertência para que evite devoções menos corretas e exageros. Por outro lado, reafirma a festa dos Santos como sendo uma forma de "proclamação das maravilhas de Cristo operadas em seus servos e mostra aos fiéis, os exemplos a serem imitados" (C.F.S.C Nº 706).
Portanto não tenhamos dúvidas e nem receio de ter imagem tanto nas Igrejas como dentro de nossas casas, se elas nos elevam a Deus, único merecedor de nossa adoração.

Padre Reginaldo Manzotti

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O Padroeiro do Rio

Celebramos com solenidade a festa do nosso Padroeiro, São Sebastião. Voltemos ao passado, aos albores da nossa Cidade. Como nasceu, no Rio de Janeiro, essa devoção?

No arraial militar de São Sebastião, entre o Pão de Açúcar e o Morro de São João, onde desembarcou Estácio de Sá, a 1º de março de 1565, e se fortificou para expulsar os franceses de Villegaigon, era viva a presença do nosso Padroeiro. Denominou-o São Sebastião por ser este o onomástico do jovem rei português e, certamente, para colocá-lo sob a proteção do Santo Mártir romano. Diz o Padre Serafim Leite (“História da Companhia de Jesus no Brasil”, vol. I, pp. 392, 1938): ”Em 1565 fundou o Padre Gonçalo de Oliveira ‘uma casa-igreja de evocação de São Sebastião’ na cidade que Estácio de Sá fundou à sombra do Pão de Açúcar. Era de palha e algumas vezes a furaram as flechas dos tamoios”.

Áspera era a luta contra os franceses e seus aliados, os tamoios. Após dois anos de duros combates, a situação continuava crítica. A 19 de janeiro de 1567, procedente da Bahia, chega o Governador Geral, Mem de Sá, com reforços, acompanhado pelo recém-ordenado sacerdote José de Anchieta, à Baía de Guanabara. No dia seguinte, travava-se a batalha para desalojar os inimigos de um reduto fortemente defendido, provavelmente nas imediações do atual Outeiro da Glória. Vencem os portugueses na festa de São Sebastião, embora tenha sido ferido Estácio de Sá, que morreu um mês depois.

Transferida a Cidade para o morro do Castelo, foi edificada uma igreja de taipa. Logo se tornou insuficiente para os fiéis. Uma outra mais ampla “115 palmos de comprido, 50 de largo e 45 de altura” (idem, p. 393), foi inaugurada em 1588.

A 20 de dezembro de 1584 é recebida, no Rio de Janeiro, entre grandes festividades, a relíquia do Padroeiro e protetor da Cidade, cuja capela, em 1569, fora elevada à paróquia por Dom Pedro Leitão, segundo bispo da Bahia.

A tradição popular atribuía ao Santo a salvação quando três frágeis embarcações de portugueses e índios fiéis foram surpreendidas pelo inimigo.

Do lugar de onde partiram as três canoas, teve início o salutar costume de recordar o episódio. Era chamada “Festa das Canoas”, que foi pela primeira vez celebrada a 20 de janeiro de 1583. Ela comemorava o sucesso alcançado sobre as 180 canoas do adversário.

Assim tiveram origem, em situações dramáticas para a cidade que nascia, esses eventos religiosos: a “Festa das Canoas” e a procissão que se lhe seguia. Neles sobressaem a confiança na proteção divina e os sentimentos de gratidão pela graça alcançada.

O percurso vinha da enseada de Botafogo, percorria parte da baía, desembarcava nas proximidades da Misericórdia. Daí continuava com a relíquia do Mártir, portando o pálio os vereadores. Após isto, a representação da vida do Santo. Nos três dias anteriores, grandes festejos preparavam os fiéis para a festa. O Senado da Câmara assumia a tarefa das comemorações.

A procissão propriamente dita começava na igreja do morro do Castelo. Transferida para a Sé que funcionava na Igreja de Santa Cruz dos Militares, foi em 1733, por ordem régia, retornada ao Castelo, no dia 20. E outra, uma semana após, saía da Catedral de então.

A Bula de criação da Diocese do Rio de Janeiro “Romani Pontificis Pastoralis Sollicitudo”, com data de 16 de novembro de 1676, assim se refere ao nosso Padroeiro: “Ora, no Reino do Brasil, na Região que é chamada Rio de Janeiro, encontra-se, entre outras, uma povoação denominada Cidade de São Sebastião, na Diocese Brasiliense, constando de cerca de 4.000 fogos (...) com uma Igreja Paroquial sob a invocação do mesmo São Sebastião”.

No Brasil-Colônia essas solenidades ocorriam com intensidade diversa, mas a vinda de Dom João VI, com a presença da corte, aumentou o brilhantismo.

Na República, separada a Igreja do Estado, as autoridades se omitiram, mas em 1896 foi declarado pela Câmara feriado o dia 20 de janeiro. Dom Francisco de São Jerônimo, Bispo do Rio de Janeiro (1702-1721) estabelecera dia santo no Bispado, essa festa de São Sebastião.

Espiritualmente, o dia do Padroeiro preservou sua identidade na reverência do Rio de Janeiro a São Sebastião. Através dos séculos, o povo sempre se manteve fiel.

Não há mais a casa-igreja do Padre Gonçalo de Oliveira, no primitivo lugar da cidade, nem a construção mais ampla, embora de taipa, no então Morro do Castelo, para onde foi transferido o Rio de Janeiro após a vitória de Mem de Sá e seu sobrinho Estácio de Sá. Até chegar à nossa imponente Catedral de São Sebastião, na Avenida República do Chile, a primitiva matriz, depois sede do Bispo, por isso chamada catedral, peregrinou por outras igrejas: Santa Cruz dos Militares, Nossa Senhora do Rosário, e Nossa Senhora do Carmo. O que não mudou foi a devoção do povo a seu querido Patrono.

A figura de São Sebastião não é apenas um núcleo que congrega espiritualmente os cariocas. Vai além, está testemunhando – e exigindo – uma vida de acordo com os exemplos de fidelidade ao Evangelho dados pelo mártir São Sebastião. Eis o sentido da festa do Padroeiro do Rio de Janeiro.

Cardeal Eugenio de Araujo Sales
Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro

domingo, 17 de janeiro de 2010

É bom fazer promessas?


É bom fazer promessas?

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 262 – Ano 1982 – Pág. 202.

Em síntese: O presente artigo analisa a prática das promessas feitas a Deus ou aos santos por pessoas desejosas de obter alguma graça. Tal prática tem fundamentado na própria Bíblia (cf. Gn 28,20-22; 1Sm 1,11). Todavia verifica-se que os autores bíblicos faziam advertências aos fiéis no sentido de não prometerem o que não pudessem cumprir (cf. Ecl 5,4). No Novo Testamento São Paulo quis submeter-se às obrigações do voto do nazireato (cf. At 18,18; 21,24). Estas ponderações mostram que a prática das promessas como tal não é má. É certo, porém, que as promessas não movem o Senhor Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois Deus já decretou desde toda a eternidade dar o que Ele nos dá no tempo, mas as promessas contribuem para afervorar o orante, excitando neste maior amor. Acontece, porém, que muitas vezes os cristãos não têm noção clara do porquê das promessas ou prometem práticas que eles não podem cumprir. Daí surgem duas obrigações para quem tem o encargo de orientar os irmãos: 1) mostre-lhes que as promessas nada têm de mágico ou de mecânico, nem se destinam a dobrar a vontade de Deus, como se o Senhor se pudesse deixar atrair por promessas, à semelhança de um homem; 2) procure incutir a noção de que o cristão é filho do Pai e, por isto, não precisa de prometer ao Pai; o amor filial com que o cristão reze a Deus, é mais eloqüente do que a linguagem das promessas, que podem ter um sabor “comercial” ou muito pouco filial.
Comentário: Entre os fiéis católicos não é raro fazerem-se promessas a Deus ou a algum santo,... promessas de algum ato heróico a ser cumprido caso a pessoa receba a graça que deseja. Em conseqüência, fala-se de “pagar promessas”. Não raro os fiéis que prometem, depois de atendidos, não têm condições físicas, psíquicas ou financeiras para pagar as suas promessas. Sentem-se então angustiados, pois receiam que algo de mau ou um castigo lhes sobrevenha da parte de Deus por não cumprirem as suas “obrigações”. O problema é tormentoso e merece ser analisado desde as suas raízes, ou seja, a partir do conceito mesmo de piedade que os fiéis cristãos devem alimentar. É o que vamos fazer nas páginas subseqüentes, examinando: 1) a fundamentação bíblica, 2) a justificativa teológica das promessas, 3) a casuística ocasionada, 4) uma conclusão final.
1. Fundamentação bíblica
O costume de fazer promessas ou, segundo linguagem mais bíblica, votos tem origem na piedade popular anterior a Cristo. É documentado pela própria Bíblia, que nos mostra como pessoas, em situações difíceis necessitando de um auxílio de Deus, prometeram fazer ou omitir algo, caso fossem ajudadas pelo Senhor. Foi, por exemplo, o que aconteceu com Jacó, que, ao fugir para a Mesopotâmia, exclamou: “Se Deus estiver comigo, se me proteger durante esta viagem, se me der pão para comer e roupa para vestir e se eu regressar em paz à casa de meu pai,... esta pedra... será para mim casa de Deus e pagarei o dízimo de tudo quanto me concederdes” (Gn 28, 20-22). Ana, estéril, mas futura mãe de Samuel, fez a seguinte promessa: “Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição da vossa serva e... lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida e a navalha não passará sobre a sua cabeça” (1Sm 1,11). Alguns salmos exprimem os votos ou as promessas dos orantes de Israel; assim os de número 65. 66. 116; Jn 2,3-9.
A própria Escritura, porém, dá a entender que, entre os membros do povo de Deus, houve abusos no tocante às promessas: algumas terão sido proferidas impensadamente: “É melhor não fazer promessas do que fazê-las e não as cumprir” (Ecl 5,4). Havia também quem quisesse cumprir as suas promessas oferecendo o que tinha de menos digno ou valioso em vez de levar ao Templo as suas melhores posses; é o que observa o Senhor por meio do profeta Malaquias: “Trazeis o animal roubado, o coxo ou o doente e o ofereceis em sacrifício. Posso eu recebê-lo de vossas mãos com agrado?... Maldito o embusteiro, que tem em seu rebanho um animal macho, mas consagra e sacrifica ao Senhor um animal defeituoso” (Ml 1, 13s). Com o tempo os mestres de Israel procuravam restringir a prática das promessas, pois podiam tornar-se um entrave para a verdadeira piedade. No Evangelho Jesus supõe que certos filhos se subtraiam ao dever de assistir aos pais, alegando que tinham consagrado a Deus todo o dinheiro disponível:
“Vós por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Com efeito, Deus disse: “Honra teu pai e tua mãe” e “Aquele que maldisser pai ou mãe, certamente deve morrer”. Vós, porém, dizeis: “Aquele que disser ao pai ou à mãe: Aquilo que de mim poderias receber, foi consagrado a Deus, esse não está obrigado a honrar pai ou mãe”. Assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição” (Mt 15, 3-6).
Todavia não consta que o Senhor Jesus tenha condenado o costume de fazer promessas como tal; ao contrário, os escritos do Novo Testamento atestam a prática de S. Paulo, que terá sido a dos cristãos da Igreja nascente e posterior:
“Paulo embarcou para a Síria... Ele havia rapado a cabeça em Cencréia por causa de um voto que tinha feito” (At 18,18).
“Disseram os judeus a Paulo: “Temos aqui quatro homens que fizeram um voto... Purificar-te com eles, e encarrega-te das despesas para que possam mandar rapar a cabeça. Assim todos saberão que são falsas as notícias a teu respeito, e que te comportas como observante da Lei” (At 21, 23s).
Em síntese, a praxe das promessas não é má, pois a S. Escritura não a rejeita, mas, ao contrário, torna-se objeto de determinações legais, como se depreende dos textos abaixo:
Lv 7,16: “Se alguém oferecer uma vítima em cumprimento de um voto ou como oferta voluntária, deverá ser consumida no dia em que for oferecida, e o resto poderá ser comido no dia imediato”.
Nm 15,3: “Se oferecerdes ao Senhor alguma oferenda de combustão, holocausto ou sacrifício, em cumprimento de um voto especial ou como oferta espontânea...”.
Nm 30,4-6: “Se uma mulher fizer um voto ao Senhor ou se impuser uma obrigação na casa de seu pai, durante a sua juventude, os seus votos serão válidos, sejam eles quais forem. Se o pai tiver conhecimento do voto ou da obrigação que se impôs a si mesma será válida. Mas, se o pai os desaprovar, no dia em que deles tiver conhecimento, todos os seus votos... ficarão sem valor algum. O Senhor perdoar-lhe-á, porque seu pai se opôs”.
Dt 12,5s: “Só invocareis o Senhor vosso Deus no lugar que Ele escolher entre todas as vossas tribos para aí firmar o seu nome e a sua morada. Apresentareis ali os vossos holocaustos,... os vossos holocaustos,... os vossos votos...”
Verifica-se, porém, que a prática dos votos nem sempre é salutar, merecendo por isto advertências da parte dos autores sagrados.
2. Qual a justificativa das promessas?
É certo que as promessas não são feitas para atrair Deus como se atrairia um homem poderoso, capaz de ser aliciado por dádivas e “pagamentos”; Deus não muda de desígnio; desde toda a eternidade Ele já determinou irreversivelmente dar-nos o que Ele nos concede dia por dia. Todavia, ao determinar que nos daria as graças necessárias, Deus quis incluir no seu desígnio a colaboração do homem que se faz mediante a oração; com outras palavras: Deus quer dar..., e dará..., levando em conta as orações que Lhe fazemos. Sobre este fundo de cena as promessas têm valor não tanto para Deus quanto para nós, orantes; sim, as promessas nos excitam a maior fervor; são o testemunho e o estímulo da nossa devoção; supõe-se que quem promete e cumpre a sua promessa, exercita em seu coração o amor a Deus; ora isto é valioso. Por conseguinte, quem vive a instituição das promessas em tal perspectiva, pode estar fazendo algo de bom, pois concebe mais amor e fervor. Diz o Senhor no Evangelho, referindo-se à pecadora que lhe lavou os pés pecados lhe estão perdoados” (Lc 7,47). Paralelamente diríamos, pode estar-se abrindo mais plenamente à misericórdia e à liberalidade do Senhor Deus.
3. E a casuística das promessas?
Há pessoas que, depois de receber o dom de Deus, se vêem embaraçadas para cumprir as suas promessas, porque não têm condições de saúde, de tempo ou de bens materiais para executar o que prometeram.
Que fazer?
- Antes do mais, afastem a hipótese, às vezes comunicada por religiões não cristãs, de que, se não “pagarem as suas obrigações”, estarão sujeitos a graves desgraças; na verdade, Deus não é vingativo nem é policial que pune contravenções, mas é Pai..., de tal modo que pensar em Deus deve despertar no cristão sentimentos de paz, confiança e alegria. Isto, porém, não quer dizer que o cristão despreocupadamente deixe de cumprir as suas promessas. Quem não as pode executar, procure um sacerdote e peça-lhe que troque a matéria da promessa. Esta solução condiz com os textos bíblicos que, de um lado, exortam a não deixar de cumprir o prometido (cf. Ecl 5,3), e, de outro lado, prevêem a insolvência dos fiéis e a possibilidade de comutação dos votos (ou promessas) por parte dos sacerdotes:
“Se aquele que fizer um voto não puder pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este fixá-la-á; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com os meios de quem fizer voto” (Lv 27, 8; cf. Lv 27,13s.18.23).
Poderá acontecer que, em certos casos, o padre julgue oportuno dispensar, por completo, de certa promessa o fiel cristão.
A propósito convém incutir que, se alguém quer fazer uma promessa, evite propor certas práticas que são um tanto irracionais (como ocorre na peça “O pagador de promessas”); procure, ao contrário, prometer práticas não somente exeqüíveis e razoáveis, mas também úteis à santificação do próprio sujeito ou ao bem do próximo. Não tem sentido prometer algo que outra pessoa deverá cumprir, como é o caso de pais que prometem vestir o seu filho “de São Sebastião” no dia da festa do Santo; esta prática como tal não fomenta o amor a Deus e ao próximo. Quanto aos ex-voto (cabeças, braços, pernas... de cera), que se oferecem em determinados santuários, podem ter seu significado, pois contribuem para testemunhar a misericórdia de Deus derramada sobre as pessoas agraciadas; assim levarão o povo de Deus a glorificar o Senhor; mas é preciso que as pessoas agraciadas saibam por que oferecem tais objetos de cera, e não o façam por rotina ou de maneira inconsciente. Entre as práticas que mais se podem recomendar, apontam-se as três clássicas que o Evangelho mesmo propõe: a oração, a esmola e o jejum (cf. Mt 6,1-18). Com efeito, a S. Missa é o centro e o manancial, por excelência, da vida cristã, vida cristã que se nutre outrossim mediante a oração; a esmola e a colaboração com o próximo recobrem a multidão dos pecados (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam e libertam das paixões o ser humano, possibilitando-lhe mais frutuoso encontro com Deus através dos véus desta vida. Se a prática das promessas levar o cristão ao exercício destas boas obras, poderá ser salutar. Requer-se, porém, que os pastores de almas e os catequistas instruam devidamente os fiéis a fim de que compreendam que as promessas nada têm que ver com as “obrigações” dos cultos afro-brasileiros, mas hão de ser expressões do amor filial e devoto dos cristãos ao Senhor Deus.
4. Conclusão
Como se vê, a prática das promessas pode ser fundamentada na própria Bíblia. Verifica-se, porém, que já os autores sagrados lhe faziam certas restrições. Hoje em dia nota-se que freqüentemente alimenta uma mentalidade religiosa “comercial” ou amedrontada e doentia, gerando facilmente o escrúpulo mórbido. Muitas pessoas se sobrecarregam com promessas e mais promessas que elas não conseguem cumprir; em vez de fomentar a vida cristã, as promessas a prejudicam não raras vezes. Por isto é de sugerir que os cristãos reconsiderem tal costume, que de resto parece mais fundado numa concepção antropomórfica de Deus (concebido como o Grande Banqueiro, cuja benevolência é preciso cativar) do que na autêntica visão que o Cristianismo tem de Deus. Este é Pai, Aquele que nos amou primeiro, antes mesmo que O pudéssemos amar (cf. 1Jo 4,19.9s; Rm 5,7s); por conseguinte, somos seus filhos, certos de que o amor do Pai é irreversível ou não volta atrás, cientes também de que, antes que Lhe peçamos alguma coisa, Ele já decretou dar-nos tudo o que seja condizente com o nosso verdadeiro bem; diz São Paulo: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos terá dado tudo com Ele?” (Rm 8,32).

CATÓLICO NÃO PODE SER ESPÍRITA

Católico não pode ser espírita

                   Por Pe. Edvino A. Friderichs & Frei Boaventura Kloppenburg




Pe. Edvino A. Friderichs, S.J., em seu livro "Caixinha de Perguntas, sobre religião e superstições", Gráfica Vicentina Ltda. - Editora, 1996, cita, nas páginas 54-60, as 40 razões, escritas por Frei Boaventura Kloppenburg, já falecido, e que foi um dos maiores teólogos católicos do Brasil, e também profundo conhecedor da doutrina espírita, de o porquê um cristão católico não pode ser espírita. Leiamos, como cristãos católicos, cada uma das razões abaixo com calma, refletindo, para não nos deixarmos enganar pela falsa doutrina do espiritismo, que em si mesmo é anti-cristão.
"1) O católico instruído sabe que o homem tem uma inteligência limitada e que Deus é infinitamente sábio, podendo revelar-nos verdades que superam a nossa capacidade racional e por isso o católico admite a possibilidade do mistério e aceita tais verdades sempre que tem certeza de que foram reveladas por Deus; o espírita proclama que absolutamente não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender, é falso e deve ser rejeitado.
2) O católico instruído crê que Deus pode fa­zer e de fato fez milagres para comprovar Sua revelação; o espírita rejeita a possibilidade do milagre e dogmatiza que também Deus deve obedecer às leis da natureza.
3) O católico instruído crê que os livros da Sagrada Escritura foram inspirados por Deus e que, por isso, não podem ter erros em questões de fé e de moral; o espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e que nunca foi inspirada por Deus.
4) O católico instruído crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que os ajudasse a transmitir e conservar fielmente as verdades divinamente reveladas; o espírita declara que os apóstolos e seus sucessores, o Papa e os Bispos, não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo o que eles nos transmitiram, está errado e falsificado.
5) O católico instruído crê que o Papa, sucessor de São Pedro, é infalível sempre que com sua suprema autoridade, decide solenemente questões de fé ou moral; o espírita proclama que os Papas só espalharam o erro e a incredulidade.
6) O católico instruído crê que Jesus instituiu uma Igreja com o fim de continuar através dos séculos Sua obra de santificação dos homens; o espírita declara que até a vinda de Allan Kardec a obra de Cristo estava perdida e inutilizada.
7) O católico instruído crê que Jesus nos en­sinou todas as verdades religiosas necessárias e suficientes para a nossa eterna salvação; o espírita proclama que o espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e mesmo a substituir o Evangelho de Cristo.
8) O católico instruído crê que em Deus há uma só natureza e três pessoas, Pai, Filho, Espírito Santo; o espírita nega este augusto e fundamental mistério da Santíssima Trindade.
9) O católico instruído crê que Deus é o Criador de todas as coisas, realmente distinto do mun­do e um Ser Pessoal e Consciente; grande parte dos espíritas afirmam que Deus é a alma do mundo e que os homens são partículas de Deus, professando assim um perfeito panteísmo.
10) O católico instruído crê que Deus é libérrimo para criar ou não criar o mundo e fazê-lo como melhor lhe parece; muitos espíritas dogmatizam que Deus devia necessariamente desde toda eternidade criar e devia fazer todos os homens iguaizinhos.
11) O católico instruído crê que Deus fez o mundo do nada, com o simples império de sua vontade onipotente; o espírita dogmatiza que o mundo, ou sempre existiu e apenas se aperfeiçoou, ou é uma emanação de Deus.
12) O católico instruído crê que Deus criou a alma humana no momento de sua união com o corpo; o espírita dogmatiza que a nossa alma é o resultado de lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.
13) O católico instruído crê que Deus interveio diretamente na formação do primeiro homem; o espírita dogmatiza que o primeiro homem era um macaco evoluído.
14) O católico instruído crê que o homem é uma composição substancial entre corpo e alma; o espírita dogmatiza que é um composto entre perispírito e alma e que o corpo é apenas um invólucro temporário, um "alambique para purificar o espírito".
15) O católico instruído crê que a alma é um espírito sem matéria; o espírita dogmatiza que a alma "é a matéria quintessenciada".
16) O católico instruído obedece a Deus que, sob penas severas, proibiu a evocação dos mortos; o espírita fez desta evocação uma nova religião.
17) O católico instruído crê na existência de anjos, seres espirituais mais perfeitos que o homem; o espírita dogmatiza que não há anjos, mas apenas espíritos mais evoluídos e que eram homens.
18) O católico instruído crê que uma parte dos anjos, os demônios, se revoltou contra Deus, sendo condenados ao inferno; o espírita dogmatiza que não há demônios, mas apenas espíritos imperfeitos, mas que alguma vez alcançarão a perfeição.
19) O católico instruído crê que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho Unigênito de Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, Deus igual ao Pai e ao Espírito Santo; o espírita nega esta verdade fundamental da fé cristã e dogmatiza que Cristo era apenas um grande médium e nada mais.
20) O católico instruído crê que Jesus fez verdadeiramente milagres para comprovar sua missão divina; o espírita nega as ressurreições e os outros milagres operados por Cristo.
21) O católico instruído crê que Jesus Cristo é também verdadeiro homem, com corpo real e alma humana; grande parte dos espíritas dogmatiza que Cristo tinha apenas um corpo aparente ou fluídico.
22) O católico instruído crê que Maria Santíssima é Mãe de Deus, isto é, de Cristo que é Deus, e por isso imaculada, sempre virgem e assumida ao céu em corpo e alma; o espírita nega e ridiculariza todos os privilégios da excelsa Mãe de Jesus.
23) O católico instruído crê que Cristo veio para salvar e remir a humanidade por sua vida, paixão e morte na cruz; o espírita dogmatiza que Jesus não é nosso redentor, mas apenas veio para ensinar algumas verdades e isso mesmo ainda de um modo obscuro e incerto e que cada um precisa remir-se a si mesmo.
24) O católico instruído crê que o filho de Adão nasce sem os dons da graça com que Deus adornara generosamente a natureza humana, isto é, que nascemos todos com o pecado original; o espírita dogmatiza que Deus assim seria injusto e por isso nega o pecado original.
25) O católico instruído crê que Deus está sempre disposto a nos ajudar com a sua graça e seus favores; o espírita dogmatiza que Deus não pode conceder nem graças nem favores, mas tem que dar a todos exatamente o mesmo.
26) O católico instruído crê que Deus pode perdoar os pecados ao pecador que a Ele se volta arrependido e contrito, com o propósito sincero de não tornar a pecar; o espírita dogmatiza que Deus não pode perdoar pecados sem que preceda rigorosa expiação e reparação feita pelo próprio pecador, em sempre novas encarnações.
27) O católico instruído crê que a vida de penitência e de oração e contemplação aperfeiçoa o homem; o espírita dogmatiza que a penitência voluntária e a contemplação nada valem perante Deus.
28) O católico instruído crê que, em atenção aos superabundantes merecimentos de Cristo e mediante os sacramentos por ele determinados e instituídos, o homem pode ser elevado à ordem da vida sobrenatural, que nos torna filhos adotivos de Deus, templos vivos do Espírito Santo e herdeiros do céu; o espírita nega qualquer graça santificante e a vida sobrenatural.
29) O católico instruído crê que Jesus instituiu sete sacramentos como meios por Ele determinados de santificação; o espírita nega toda eficácia sobrenatural dos sacramentos.
30) O católico instruído crê que é pelo batismo que o homem deve iniciar a sua santificação; o espírita nega que Jesus mandou que se batizassem todos os homens para a remissão dos pecados e a infusão da vida sobrenatural.
31) O católico instruído crê que Jesus está verdadeiramente presente no Pão Eucarístico para ser o alimento da nossa vida sobrenatural; o espírita ridiculariza a Eucaristia como pura "pantomina e palhaçada do catolicismo".
32) O católico instruído crê que a confissão é um meio determinado por Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do batismo e de que sinceramente nos arrependemos; o espírita dogmatiza que cada qual precisa reparar o mal por meio de novas reencarnações, sem o que Deus não pode perdoar pecados.
33) O católico instruído crê que o matrimônio é um sacramento instituído por Cristo para es­tabelecer uma santa e indissolúvel união entre o homem e a mulher; o espírita proclama que o casamento é solúvel e que o divórcio é uma lei natural.
34) O católico instruído crê que o homem vive uma só vez sobre a terra e que desta única exis­tência depende a vida eterna; o espírita dogmatiza que a gente nasce, vive e morre e renasce ainda e progride continuamente.
35) O católico instruído crê que depois da morte o homem deve comparecer perante Deus e prestar contas de sua vida; o espírita dogmatiza que este juízo particular é pura fantasia e imaginação.
36) O católico instruído crê na existência de um lugar e um estado chamado purgatório, onde se purificam as almas dos justos que morreram com pecados leves não arrependidos ou com castigos temporais não satisfeitos; o espírita decreta que este purgatório não existe, mas foi inventado pela Igreja para ganhar dinheiro.
37) O católico instruído crê na existência do céu, estado e lugar da felicidade sem fim, para onde vão aqueles que morreram plenamente justificados com Deus; o espírita ridiculariza e zomba deste céu como de um lugar de "eterna e fastidiosa ociosidade".
38) O católico instruído crê que todo aquele que morrer impenitente e obstinado em pecado grave deliberada e voluntariamente cometido, será condenado ao inferno; o espírita dogmatiza que o inferno foi inventado para assustar crianças.
39) O católico instruído crê que no fim do mundo todos hão de ressuscitar com seus próprios corpos; o espírita dogmatiza que não pode haver ressurreição dos mortos.
40) O católico instruído crê que no fim do mundo haverá um juízo final, presidido por Cristo; o espírita dogmatiza que Jesus não virá para julgar todos os homens."
"Nesta altura, você escolhe para que lado quer ir; para o católico ou para o espírita. Agora você compreende porque o católico não pode ser espírita "Ninguém pode servir a dois Senhores" (Mt 6,24), disse Cristo."
"Ser católico de manhã e espírita à tarde, mandar rezar missa por um falecido e ir evocá-lo depois, freqüentar a Igreja e ir ao centro espírita ou de umbanda não dá, de jeito nenhum; seria querer servir a dois senhores, inimigos um do outro."
Fonte: Friderichs, Edvino A., S.J. - "Caixinha de Perguntas, sobre religião e superstições", Gráfica Vicentina Ltda. - Editora, 1996, [cf. páginas 54-60].
KLOPPENBURG, Pe Edvino A Friderichs & Frei Boaventura. Apostolado Veritatis Splendor: CATÓLICO NÃO PODE SER ESPÍRITA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5772. Desde 08/07/2009.

Porque acendemos velas?

Porque acendemos velas?

Muita gente faz promessa de acender velas...
O QUE SIGNIFICA ISSO?
O fogo e a luz são símbolos da vida, significam vida. Quando vemos a fumaça da chaminé ou a janela iluminada, já concluimos que naquela casa existe vida.
Porque há fogo e luz.
Jesus disse sim: "Quando acendemos uma vela, colocamo-la, não debaixo da mesa, mas sobre o castiçal, para que ela ilumine a todos que estão em casa. Assim também deve brilhar vossa luz diante dos homens, para que eles vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus" (Mt 5,14). Jesus falava exatamente da luz da fé. Comparou a fé com uma vela acesa. Aquele que vive sua fé, brilha como a luz. Aquele que evita o mal e procura praticar o bem por amor de Deus, esse ilumina os outros. Quem não se esforça por evitar o mal, vive na escuridão e espalha escuridão.


VELAS NOS TÚMULOS
Quando acendemos uma vela sobre a sepultura de alguém, isso significa que a pessoa ali sepultada tinha fé, vivia sua fé, irradiava luz com as boas obras que fazia. Significa também esperança de vida eterna. E, como a fé é vida em Deus, a vela acesa sobre o túmulo de um cristão significa também presença de Deus.
Já se vê que é um absurdo acender vela sobre o túmulo de um ateu ou de uma pessoa sem fé. Se a pessoa não tinha fé e não praticava o bem, a vela acesa sobre seu túmulo é uma mentira, porque está significando uma coisa que não existiu.

VELAS NAS IGREJAS
Jesus disse: "Onde houver dois ou mais rezando em meu nome, no meio deles estarei eu" (Mt 18,20). Por isso, toda vez que nos reunimos na igreja, na capela ou em casa para rezar, começamos por acender as velas, para significar a fé daqueles que rezam, para significar a presença de Deus em nossa vida e sobretudo a presença de Deus naquela oração.
Na noite do sábado santo, quando o celebrante acende aquela vela grande (o círio pascal), ela significa a ressurreição de Jesus, isto é, a nova vida de Cristo e sua presença entre nós. Quando se batiza uma criança, para significar que o Batismo comunica a vida da fé e para significar também a presença de Deus na alma da criança, acende-se uma vela. Essa vela do Batismo é acesa no círio pascal, mostrando que a vida de fé da criança é a mesma nova vida de Cristo em sua ressurreição.
Enfim, nas celebrações religiosas (seja a Santa Missa, os Sacramentos ou qualquer ato de culto), as velas acesas significam a expressão da vida de fé daqueles que rezam e a presença de Deus entre nós.

PROMESSAS DE ACENDER VELAS
Promessa é penitência. Se você faz uma penitência e acende velas como testemunho de sua fé, você está certo.
Ao contrário, se uma pessoa não tem religião, não vive sua fé, não liga para as coisas de Deus, mas faz promessa de acender velas, essa pessoa está fazendo uma coisa inútil, porque neste caso, as velas acesas estão exprimindo uma coisa que não existe.
Conclusão: a vela que se acende por motivo religioso só tem valor se a pessoa que acende tem fé, faz algum esforço para viver sua religião, faz penitência, procura a amizade com o próximo e com Deus. Há certas pessoas que não vivem sua religião, não vivem sua fé e só se lembram de Deus quando estão em dificuldade. Essas pessoas também fazem promessas de acender velas. Neste caso, quem faz a "penitência" é a vela que está se queimando... Essas tais pessoas não fazem nada mais do que riscar um fósforo, o que não é lá grande trabalho.
A vela acesa é símbolo de nossa fé, de nossa vida em Deus e da presença de Deus em nós.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Batismo de Jesus

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O Batismo de Jesus

A força do batismo faz maravilhas na pessoa e na sociedade
Com a Festa do Batismo de Jesus concluímos o tempo do Natal. A reflexão sobre o Mistério da Encarnação continua. É uma ótima oportunidade para examinarmos a nossa própria vida batismal hoje e a ação eclesial para o trabalho de iniciação cristã pedida pela Igreja para educar e evangelizar os novos cristãos.

O Batismo de Jesus, por João, no rio Jordão, é um evento que nos mostra com intensidade como o Salvador quis solidarizar-se com o gênero humano, imerso no pecado. João chamava à penitência e administrava um batismo de conversão. No entanto, Jesus, o Cordeiro sem mancha, que veio tirar o pecado do mundo, submete-se ao batismo de João. É um momento de Epifania, quando a Trindade se manifesta e aparece claramente a missão do Filho que deve ser escutado.

Podemos contemplar, pois, no episódio do batismo do Senhor, aquela condescendência divina que faz com que Deus assuma tudo o que é próprio da nossa frágil condição humana. Jesus não teve pecado, mas, num gesto de solidariedade para com toda a humanidade, assumiu o que decorre do nosso pecado, desde o batismo dos pecadores até a morte ignominiosa da cruz.

A condescendência divina, manifestada de forma tão pungente na vida, as atitudes e as palavras de Jesus, nos estimulam a amar com todas as nossas forças a Deus que tanto nos ama e a nos tornar mais compassivos e condescendentes para com todos aqueles que, de uma ou de outra maneira, sofrem e precisam de nossa solidariedade. A contemplação da caridade divina deve encher nosso coração de caridade. São Paulo ensinou-nos, entre outras coisas, que a caridade é prestativa, não é orgulhosa, alegra-se com o bem, tudo crê, tudo espera, tudo desculpa.

Estes dias de tantas catástrofes em nossa região sudeste demonstram como é importante o compartilhar as dores e sofrimentos das pessoas.

O batismo que recebemos foi o batismo instituído por Jesus, o batismo da Nova Aliança. O batismo de João era apenas um sinal de conversão. O Batismo que Jesus confiou à Sua Igreja é um sinal eficaz, pois não só significa, mas realiza a libertação e a renovação de nosso ser, tornando-nos filhos de Deus à semelhança do único Filho. Os Padres da Igreja chegaram a dizer que Jesus desceu às águas justamente para santificá-las e transmitir-lhes aquele poder de purificação e renovação, que é exercido toda vez que a Igreja batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Ao celebrarmos a Festa do Batismo do Senhor Jesus, temos diante de nós uma ocasião propícia para renovar nossas promessas batismais. Viver intensamente os compromissos de nosso batismo é o grande convite que Deus faz a cada um de nós. A graça divina jamais falta àquele que, com sinceridade de coração, procura viver segundo o “homem novo”, nascido da água e do Espírito. Os inúmeros santos e santas canonizados pela Igreja são um eloquente testemunho de que a força do batismo pode fazer maravilhas na pessoa e na sociedade que ajudaram a transformar segundo o desígnio de Deus.

Que a graça do batismo nos torne, na Igreja e através da Igreja, o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missionários de Jesus! O batismo liga-nos também à Igreja, à qual Cristo uniu-se de maneira irrevogável. Não podemos querer Cristo sem Sua Igreja. O “Cristo total” é a Cabeça e o Corpo. Contemplando, assim, o Mistério de Cristo, que resplandece na face da Igreja e vivendo a graça do nosso batismo, anunciemos com humildade e caridade a fé que nos salva e enche de alegria a nossa vida!

E isso nós poderemos fazer e viver intensamente, começando a celebrar agora, logo após o tempo natalino, as festividades de São Sebastião, que com a réplica da imagem histórica trazida por Estácio de Sá percorrerá a nossa Arquidiocese, preparando-nos para viver com fidelidade a nossa missão, à semelhança de nosso padroeiro, que nos ensina a fortaleza na fé mesmo em meio a ambientes contrários e vicissitudes da vida, perseguições e torturas. Para o aprofundamento do tema “Fé e desafios do nosso tempo” e do lema “São Sebastião, invencível atleta da fé” teremos um tríduo em todas as Paróquias como sinal de nossa comunhão e unidade.

Que a vida cristã desse seguidor de Cristo nos inspire a viver com entusiasmo em nossos mudados tempos a alegria do seguimento de Jesus, mesmo com as dificuldades hodiernas.

Dom Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ