segunda-feira, 31 de maio de 2010

Santíssima Trindade
Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo


 O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d'Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.

Santo Agostinho (†430) dizia que: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).

Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.

A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas: “A Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).

A Profissão de Fé do Papa Dâmaso diz: “Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). 

A Igreja ensina que as Pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras:

“Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três Pessoas, considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Conc. Toledo, DS 675). “Tudo é uno [n'Eles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Conc. Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).
Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o Teólogo”, explicava:

“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe [...]. A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro [...]. Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em Seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).
O primeiro Catecismo, chamado "Didaqué", do ano 90 dizia:

"No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Didaqué 7,1-3).
São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: "Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça" (Carta aos Coríntios 46,6). "Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo" (Carta aos Coríntios 58,2).

Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, afirmava: "Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda" (Carta aos Efésios 9,1).
"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual" (Carta aos Magnésios 13,1-2).
São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano Antonino Pio: "Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos" (I Apologia 61).
São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no ano 156, declarou: "Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém" (Martírio de Policarpo 14,1-3).
Teófilo de Antioquia, ano 181, confirmou: "Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]" (Segundo Livro a Autólico 15,3).
S. Irineu de Lião, ano 189, afirmou: "Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus [...]" (Contra as Heresias I,10,1).
"Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto d'Ele antes de toda a criação" (Contra as Heresias IV,20,4).
Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: "Foi estabelecida a lei de batizar e prescrita a fórmula: 'Ide, ensinai os povos batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo'" (Do Batismo 13).
E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:
"Cremos [...] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas" (Credo de Nicéia).

Autor:  Felipe Aquino
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe

domingo, 30 de maio de 2010

História de Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora.
          Desde jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento excessivamente violento.  Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das religiosas.
       Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram.A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida. Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração.
      Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo.
       Um dia uma parente foi visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1547.
      No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.

                               *Santificação e corpo intacto*

        No século XVII foi beatificada e em 24 de Maio de 1990, canonizada. O corpo de Santa Rita de Cássia continua conservado intacto até hoje. Qualquer pessoa pode contempla-la na Igreja do Convento de Cássia, dentro de um relicário de cristal. Depois de tantos anos, seus membros ainda têm flexibilidade e pela expressão do rosto, parece estar dormindo.

 

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Padre é instrumento pelo qual Cristo chega às almas, diz Papa

Da Redação

Arquivo Reuters''Na base do ministério pastoral está o encontro pessoal e constante com o Senhor'', disse Bento XVI"Cada pastor é um instrumento através do qual Cristo chega às almas, para instruí-las e preservá-las". Foi o disse o Papa Bento XVI na catequese desta quarta-feira, 26, junto aos milhares de peregrinos reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano. O Santo Padre recordou que, nas últimas semanas, falou sobre o ministério do sacerdote de ensinar e de santificar e, hoje, destacou o seu ofício de governar a porção do povo de Deus a ele confiado.

Segundo explicou Bento XVI, "para guiar o rebanho, o sacerdote necessita ter uma profunda amizade com o Senhor, uma contínua disponibilidade para deixar que Ele governe a sua vida e uma real obediência à Igreja".

"Por isso, na base do ministério pastoral, está o encontro pessoal e constante com o Senhor, para conformar a própria vontade com a d’Ele", complementou.

O Papa fez o convite aos sacerdotes para participarem das celebrações conclusivas do Ano Sacerdotal, de 9 a 11 de junho, quando "meditaremos sobre a conversão e a missão, o dom do Espírito e a relação com a Virgem Maria e renovaremos as nossas promessas sacerdotais, sustentados por todo o povo de Deus".

No final da Catequese, o Papa fez a saudação aos fiéis em vários idiomas. Em português, disse:

"Amados peregrinos de língua portuguesa, com destaque para a Associação 'Família da Esperança' pela numerosa presença dos seus membros: a minha saudação amiga para vós e para os fiéis de Niterói e de Curitiba. De coração a todos abençoo, pedindo que rezeis por mim, Sucessor de Pedro, cuja tarefa específica é governar a Igreja de Cristo, bem como pelos vossos Bispos e sacerdotes para que saibamos cuidar de todas as ovelhas do rebanho que Deus nos confiou. Obrigado!"
Papa nomeia novos bispos para as dioceses de Tubarão e São João del Rei .

Qua, 26 de Maio de 2010 06:32 cnbb .O bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Wilson Tadeu Jünck, 58, é o novo bispo da diocese de Tubarão, em Santa Catarina, e o bispo de Cachoeiro do Itapemirim, dom Célio de Oliveira Goulart, 65, foi transferido para a diocese de São João del Rei, em Minas Gerais. As nomeações foram anunciadas nesta quarta-feira, 26, pelo papa Bento XVI.

Dom Wilson assume a diocese de Tubarão, que estava vacante desde setembro do ano passado. Nascido em Vidal Ramos (SC), no dia 10 de julho de 1951, o novo bispo de Tubarão foi ordenado padre em 17 de dezembro de 1977 pela Congregação do Sagrado Coração de Jesus (SCJ). Fez seus estudos de Filosofia e Teologia nos conventos Sagrado Coração de Jesus, respectivamente, em Brusque (SC) e Taubaté (SP). Em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana, fez psicologia.

Nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro em junho de 2003, dom Wilson recebeu a ordenação em 16 de agosto do mesmo ano. Seu lema episcopal é “Amar é dar a vida”.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quando a fé e a razão se encontram

Entre os dias 30 e 02 de maio, aconteceu em Maceió o V Encontro Estadual das Universidades Renovadas de Alagoas. Witamar Agostinho dos Santos, coordenador estadual do Ministério Universidades Renovadas, testemunha sobre as graças recebidas durante a organização do encontro e relata as experiências vividas.

"Com o coração repleto de alegria e gratidão agradeço a Deus pelo tamanho amor e misericórdia concedidos a nós durante o V Encontro Estadual Universidades Renovadas de Alagoas.

Deus providenciou tudo o que foi necessário para nós. O nosso investimento para o evento foi bem ousado. O Senhor nos falava que neste encontro Ele nos daria a dose certa do que precisávamos, nem mais e nem menos. E quero partilhar com vocês que o necessário de Deus não é pouca coisa, não. O necessário de Deus é muito para nós. Também foi possível perceber que Deus nos concedeu um forte amadurecimento e uma visão espiritual profética da sua obra.

Os testemunhos dos professores que fizeram parte das mesas temáticas do encontro encheu-nos de profunda alegria e gratidão. Uma professora da Universidade Federal de Alagoas – UFAL - falou-nos assim: 'Hoje vocês restituiram minha religiosidade que a universidade tinha roubado de mim durantes estes anos de formação e quando olho pra você Witamar e demais membros do MUR/AL, sinto uma paz profunda em vocês. Sei que é a presença forte de Deus, sei que é obra de Deus porque vocês me transmitem muita paz'.

Depois da palestra na mesa temática, nós todos, como de costume, rezamos pela professora. Na oração, pedimos pela sua vida profissional e agradecemos pelo seu testemunho de disponibilidade de uma profissional que deu de seu precioso tempo para nos prestigiar e estar conosco num encontro de ciência e fé. No momento em que rezávamos a professora se emocionou bastante e disse que seu coração se enchia de profunda alegria por aquele dia tão especial.

Na outra mesa temática, outro professor, que tem nos acompanhado nas últimas três edições do encontro, reforçou o desejo de sempre estar conosco porque vê muitos frutos através de nós.

Deus seja louvado por tamanha ação divina no meio de nós! Esses testemunhos nos dão ânimo para continuar na missão de encher as universidades da doutrina de Jesus."

Witamar Agostinho dos Santos
coord. MUR Alagoas
A Cultura de morte continua investindo no Brasil


A coleta de assinaturas contra a aprovação do aborto no Brasil ainda não foi concluída pela Renovação Carismática Católica. Estamos aguardando as folhas que estão em suas gavetas, devidamente preenchidas e as que precisam de sua ação destemida para o preenchimento, pois as pessoas são fáceis de adaptarem-se às culturas que lhe são impostas e a cultura de morte está rondando esta Terra de Santa Cruz.

Não podemos nos adaptar às imposições equivocadas e nem nos isolar em nosso mundo, alheios às destruições ao nosso redor.

O Ministério de Promoção Humana está aguardando assinaturas para catalogá-las até alcançar um milhão, para que possamos reivindicar com representatividade o respeito à vida em nosso Congresso Nacional, da concepção à morte natural.

Deus seja louvado!

Marizete Martins Nunes do Nascimento
Coordenadora Nacional do MPH

ENVIE-NOS SUA LISTA

Pedimos a você, que tem uma lista de assinaturas - ou tem conhecimento da existência de alguma - que a envie para o Escritório Nacional da Renovação Carismática Católica: Rua Dr. Cassiano, 711 - Centro - Pelotas - RS - CEP 96015.700.

Irmãos, não basta opinar contra o aborto, é preciso tomar atitudes concretas. Trata-se de um gesto simples. Clique aqui e imprima a folha do abaixo-assinado, passe no seu Grupo de Oração, entre seus amigos, colegas, e nos envie pelo correio. Não podemos nos calar, cruzar os braços enquanto homens e mulheres se articulam para promover a matança de inocentes.

CONFIRA OS NÚMEROS DA NOSSA CAMPANHA POR ESTADOS

Até 07.03.2010, chegaram ao Ministério Nacional de Promoção Humana da Renovação Carismática Católica 827.900 assinaturas contra a aprovação do Projeto de Lei 1135/91, que prevê a total descriminalização do aborto em nosso País, com o agravante de que até a 12ª semana de gestação seja assegurada a cobertura deste crime pelo SUS e pelos Planos de Saúde do Brasil.

Este é o nosso primeiro trabalho de MOBILIZAÇÃO NACIONAL, precisamos concluí-lo até o JULHO DE 2010, faltam apenas 172.100 assinaturas, vamos terminar nossa COLETA DE ASSINATURAS, pois a luta pela vida continua em nosso Congresso Nacional e os parlamentares precisam saber a nossa vontade (ou seja a vontade do povo), para votarem contra do Projeto de lei.

Abaixo serão discriminados os Estados e o respectivo número de assinaturas colhidas, ressaltando que prorrogamos até JULHO DE 2010 para continuar a coleta de assinaturas, alertando que precisamos de pelo menos 1.000.000 de assinaturas para que a nossa reivindicação, junto ao Congresso Nacional, tenha representatividade da vontade popular:

Estados Nº de Assinaturas colhidas

São Paulo
147.447
Paraná
113.468
Bahia
100.546
Minas Gerais
82.801
Espírito Santo
64.606
Goiás
56.821
Rio Grande do Sul
40.747
Assinaturas Eletrônicas
24.618
Rio de Janeiro
19.637
Ceará
18.075
Santa Catarina
17.020
Piauí
14.539
Distrito Federal
14.461
Pernambuco
13.559
Paraíba
12.590
Mato Grosso do Sul
11.707
Mato Grosso
10.683
Amazonas
10.465
Tocantins
10.454
Pará
9.488
Maranhão
9.473
Rio Grande do Norte
8.758
Rondônia
6.046
Alagoas
5.382
Amapá
2.181
Orlando-Flórida (USA) - brasileiros
1.745
Roraima
422
Acre
161

TOTAL
827.900

Leia mais:
A luta contra o aborto continua
Artigo: A Cidadania e Eu
Padre Efraim Solano Rocha: Exemplo de luta em favor da vida

Você já deu seu nome na luta contra o aborto?
Dê seu nome na luta contra o aborto!
Beata Elena Guerra: “Apóstola do Espírito Santo”


Elena Guerra nasceu em Lucca (Itália), no dia 23 de Junho de 1835. Viveu e cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa enfermidade, se dedica à meditação da Palavra de Deus e ao estudo dos Padres da Igreja, o que determina seu orientamento da vida interior e de seu apostolado; primeiro na Associação das Amigas Espirituais, idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade em seu sentido cristão, e depois nas Filhas de Maria.

Em Abril de 1870, Elena participa de uma peregrinação pascal em Roma juntamente com seu pai, Antônio. Entre outros momentos marcantes, a visita às Catacumbas dos Mártires confirmam nela o desejo pela vida consagrada. Em 24 de Abril, assiste na Basílica de São Pedro a terceira sessão conciliar do Vaticano I, na qual vinha aprovada a Constituição “Dei Filius” sobre a Fé. A visita ao Papa Pio IX a comove de tal maneira que depois de algumas semanas, já em Lucca, no dia 23 de Junho, faz a oferta de toda a sua vida pelo Papa.



No ano de 1871, depois de uma grande noite escura, seguida de graças místicas particulares, Elena com um grupo de Amigas Espirituais e Filhas de Maria, dá início a uma nova experiência de vida religiosa comunitária, que em 1882 culminará na fundação da Congregação das Irmãs de Santa Zita, dedicada a educação cultural e religiosa da juventude. É neste período que Santa Gemma Galgani se tornará “sua aluna predileta”.

Em 1886, Elena sente o primeiro apelo interior a trabalhar de alguma forma para divulgar a Devoção ao Espírito Santo na Igreja. Para isto, escreve secretamente muitas vezes ao Papa Leão XIII, exortando-o a convidar “os cristãos modernos” a redescobrirem a vida segundo o Espírito; e o Papa, amavelmente solicitado pela mística Luquese, dirige à toda Igreja alguns documentos, que são como uma introdução a vida segundo o Espírito e que podem ser considerados também como o início do “retorno ao Espírito Santo” dos tempos atuais: A breve “Provida Matris Charitate” de 1895; a Encíclica “Divinum Illud Munus” em 1897 e a carta aos bispos “Ad fovendum in christiano populo”, de 1902.

Em Outubro de 1897, Elena é recebida em audiência por Leão XIII, que a encoraja a prosseguir o apostolado pela causa do Espírito Santo e autoriza também a sua Congregação a mudar de nome, para melhor qualificar o carisma próprio na Igreja: Oblatas do Espírito Santo.

Para Elena, a exortação do Papa é uma ordem, e se dedica ainda com maior empenho à causa do Espírito Santo, aprofundando assim, para si e para os outros, o verdadeiro sentido do “retorno ao Espírito Santo”: Será este o mandato da sua Congregação ao mundo.

Elena, em suas meditações com a Palavra de Deus, é profundamente impressionada e comovida por tudo o que acontece no Cenáculo histórico da Igreja Nascente: Ali, Jesus se oferece como vítima a Deus para a salvação dos homens; ali institui o Sacramento de Amor, a Eucaristia; ali, aparece aos seus discípulos depois da ressurreição e ali, enfim, manda de junto do Pai o Espírito Santo sobre a Igreja Nascente.

A Igreja é descricao a realizar os Mistérios do Cenáculo, Mistérios permanentes, e, portanto, o Mistério Pascal: A Igreja é, por isto, prolongamento do Cenáculo, e, analogamente, é ela mesma como um Cenáculo Espiritual Permanente.

É neste Cenáculo do Mistério Pascal, no qual o Senhor Ressuscitado reúne a comunidade sacerdotal real e profética, que também nós, e cada fiél em particular, fomos inseridos pelo Espírito mediante o Batismo e a Crisma, e capacitados a participar da Eucaristia, que é uma assembléia de confirmados, e, portanto, semelhante a primeira comunidade do Cenáculo depois da descida do Espírito Santo. É nesta prospectiva que Elena Guerra concebe e inicia o “Cenáculo Universal” como movimento de oração ao Espírito Santo.

Elena morreu no dia 11 de Abril de 1914, sábado santo, com o grande desejo no coração de ver “os cristãos modernos” tomando consciência da presença e da ação do Espírito Santo em suas vidas, condição indispensável para um verdadeiro “renovamento da face da terra”.

Elevada à honra dos altares em 26 de Abril de 1959, justamente o Papa a definiu “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”, assim como Santa Maria Madalena foi a apóstola da Ressurreição e Santa Maria Margarida Alacoque a apóstola do Sagrado Coração.

O carisma profético de Elena é ainda atual, visto que a única necessidade da Igreja e do Mundo é a renovação contínua de um perene e “Novo Pentecostes” que por fim “renove a face da terra”. (Elena Guerra)

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Elena Guerra recomendamos:

Escritos de Fogo!
O mais novo Livro sobre a vida e a obra da Beata Elena Guerra. Ele contém a correspondência profética entre a Beata Elena Guerra e o Papa Leão XIII. Para adquirir este livro, envie e-mail para comercial@rccbrasil.org.br .
 Para que deis mais fruto: A formação dos fiéis leigos
Texto extraído da Exortação Apostólica ‘Christifideles Laici’, do Papa João Paulo II.

 Amadurecer continuamente

57. A imagem evangélica da videira e dos ramos mostra-nos outro aspecto fundamental da vida e da missão dos fiéis leigos: a descricao para crescer, amadurecer continuamente, dar cada vez mais fruto.

Como diligente agricultor o Pai cuida de sua vinha. A presença carinhosa de Deus é ardentemente invocada por Israel, que assim reza: "Voltai, Deus dos exércitos olhai do Céu e vede e visitai esta vinha protegei a cepa que a vossa mão direita plantou, o rebento que cultivastes" (SI 80, 15-16). O próprio Jesus fala da obra do Pai: "Eu sou a verdadeira videira e o meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que em Mim não der fruto, Ele corta-o e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê mais fruto" (Jo 15, 1-2).

A vitalidade dos ramos depende da sua ligação à videira, que é Jesus Cristo: "Quem permanece em Mim e Eu nele, dá muito fruto, porque sem Mim não podeis fazer nada" (Jo 15, 5).

O homem é interpelado na sua liberdade pela descricao que Deus lhe faz para crescer, amadurecer dar fruto. Ele terá que responder, terá que assumir a própria responsabilidade. É a essa responsabilidade tremenda e sublime, que aludem as palavras graves de Jesus: "Se alguém não permanecer em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará; lança-Io-ão ao fogo e arderá" (Jo 15, 6).

Neste diálogo entre Deus que chama e a pessoa interpelada na sua responsabilidade, situa-se a possibilidade, antes, a necessidade de uma formação integral e permanente dos fiéis leigos, a que os Padres sinodais justamente dedicaram grande parte do seu trabalho. Em particular, depois de terem descrito a formação cristã como “um contínuo processo de maturação na fé e de configuração com Cristo, segundo a vontade do Pai sob guia o Espírito Santo", claramente afirmaram que "a formação dos fiéis leigos deverá figurar entre as prioridades da Diocese e ser colocada nos programas de ação pastoral, de modo que todos os esforços da comunidade (sacerdotes, leigos e religiosos) possam convergir para esse fim".

Descobrir e viver a própria vocação e missão

58. A formação dos fiéis leigos tem como objetivo fundamental a descoberta cada vez mais clara da própria vocação e a disponibilidade cada vez maior para vivê-Ia no cumprimento da própria missão.

Deus chama-me e envia-me como trabalhador para a Sua vinha; chama-me e envia-me a trabalhar para o advento do Seu Reino na história: esta vocação e missão pessoal define a dignidade e a responsabilidade de cada fiel leigo e constitui o ponto forte de toda a ação formativa, em ordem ao reconhecimento alegre e agradecido de tal dignidade e ao cumprimento fiel generoso de tal responsabilidade.

Com efeito, Deus, na eternidade, pensou em nós e amou-nos como pessoas únicas e irrepetíveis, chamando cada um de nós pelo próprio nome, como o bom Pastor que "chama pelo nome as suas ovelhas" (Jo 10, 3). Mas o plano eterno de Deus só se revela a cada um de nós na evolução histórica da nossa vida e das suas situações e, portanto, só gradualmente: num certo sentido dia a dia.

Ora, para poder descobrir a vontade concreta do Senhor sobre a nossa vida, são sempre indispensáveis a escuta pronta e dócil da Palavra de Deus e da Igreja, a oração filial e constante, a referência a uma sábia e amorosa direção espiritual, a leitura, feita na fé, dos dons e dos talentos recebidos, bem como das diversas situações sociais e históricas em que nos encontramos.

Na vida de cada fiel leigo há, pois, momentos particularmente significativos e decisivos para discernir o chamado de Deus e para aceitar a missão que Ele confia: entre esses momentos estão os da adolescência e da juventude. Ninguém, todavia, esqueça que o Senhor, como o proprietário em relação aos trabalhadores da vinha, chama no sentido de tornar concreta e pontual a Sua santa vontade a todas as horas de vida: por isso, a vigilância, qual cuidadosa atenção à voz de Deus é uma atitude fundamental e permanente do discípulo.

Não se trata, no entanto, apenas de saber o que Deus quer de nós, de cada um de nós, nas várias situações da vida. É preciso fazer o que Deus quer: assim nos recorda a palavra de Maria, a Mãe de Jesus, dirigida aos criados: “Fazei o que Ele vos disser" (Jo 2, 5). E para agir em fidelidade à vontade de Deus, precisa ser capaz e tornar-se cada vez mais capaz. Sem dúvida, com a graça do Senhor, que nunca falta, como diz São Leão Magno: "Dará a força quem confere a dignidade!", mas também com a colaboração livre e responsável de cada um de nós.

Eis a tarefa maravilhosa e empenhativa que espera por todos os fiéis leigos, todos os cristãos, sem exceção alguma: conhecer cada vez mais as riquezas da fé e do Batismo e vivê-Ias em plenitude crescente. O apóstolo Pedro, ao falar de nascimento e de crescimento como sendo as duas etapas da vida cristã, exorta-nos: "Como crianças recém-nascidas, desejai o leite espiritual, para que ele vos faça crescer para a salvação" (1 Pd 2, 2).

Uma formação integral para viver em unidade

59. Ao descobrir e viver a própria vocação e missão, os fiéis leigos devem ser formados para aquela unidade, de que está assinalada a sua própria situação de membros da Igreja e de cidadãos da sociedade humana.

Não pode haver na sua existência duas vidas paralelas: por um lado, a vida descricao ‘espiritual’ com os seus valores e exigências; e, por outro, a descricao vida ‘secular’, ou seja, a vida da família, do trabalho, das relações sociais, do engajamento político e da cultura. O ramo, incorporado na videira que é Cristo, dá os seus frutos em todos os ramos da atividade e da existência. Pois, os vários campos da vida laical entram todos no desígnio de Deus, que os quer como o ‘lugar histórico’, em que se revela e se realiza a caridade de Jesus Cristo para a glória do Pai e a serviço dos irmãos. Toda a atividade, toda a situação, todo o empenho concreto como, por exemplo, a competência e a solidariedade no trabalho, o amor e a dedicação na família e na educação dos filhos, o serviço social e político, a proposta da verdade na esfera a cultura são ocasiões providenciais de um "contínuo exercício da fé, da esperança e da caridade".

O Concílio Vaticano II convidou todos os fiéis leigos a viver esta unidade de vida, ao denunciar com energia a gravidade da ruptura entre fé e vida, entre Evangelho e cultura: "O Concílio exorta os cristãos, cidadão de ambas as cidades, a que procurem cumprir fielmente os seus deveres terrenos, guiados pelo espírito do Evangelho. Erram os que, sabendo que não temos aqui na terra uma cidade permanente, mas que vamos em demanda da futura, pensam que podem por isso descuidar os seus deveres terrenos, sem atenderem a que a própria fé ainda os obriga mais a cumpri-Ias, segundo a vocação própria de cada um... O divórcio que se nota em muitos entre a fé que professam e a sua vida quotidiana, deve ser tido entre os mais graves erros do nosso tempo". Por isso, afirmei que uma fé que não se torne cultura é uma fé "não plenamente recebida, não inteiramente pensada, nem fielmente vivida".

Aspectos de formação

60. Dentro desta síntese de vida situam-se os múltiplos e coordenados aspectos da formação integral dos fiéis leigos.

Não há dúvida de que a formação espiritual deve ocupar um lugar privilegiado na vida de cada um, chamado a crescer incessantemente na intimidade com Jesus Cristo, na conformidade com a vontade do Pai, na dedicação aos irmãos, na caridade e na justiça. Escreve o Concílio: Esta vida de íntima união com Cristo alimenta-se na Igreja com as ajudas espirituais que são comuns a todos os fiéis, sobretudo a participação ativa na sagrada Liturgia, e os leigos devem socorrer-se dessas ajudas, de modo que, ao cumprir com retidão os próprios deveres do mundo, nas condições normais da vida, não separem da própria vida a união com Cristo, mas desempenhando a própria atividade segundo a vontade de Deus, cresçam nela".

A formação doutrinal dos fiéis leigos mostra-se hoje cada vez mais urgente, não só pelo natural dinamismo de aprofundar a sua fé, mas também pela exigência de "racionalizar a esperança" que está dentro deles, perante o mundo e os seus problemas graves e complexos. Tornam-se, desse modo, absolutamente necessárias uma sistemática ação de catequese, a dar-se gradualmente, conforme a idade e as várias situações de vida, e uma mais decidida promoção cristã da cultura, como resposta às eternas interrogações que atormentam o homem e a sociedade de hoje.

Em particular, sobretudo para os fiéis leigos, de várias formas empenhados no campo social e político, e absolutamente indispensável uma consciência mais exata da doutrina social da Igreja, como repetidamente os Padres sinodais recomendaram nas suas intervenções. Falando da participação política dos fiéis leigos, assim se exprimiram: "Para que os leigos possam realizar ativamente este nobre propósito na política (isto é, o propósito de fazer reconhecer e estimar os valores humanos e cristãos), não são suficientes as exortações, é preciso dar-Ihes a devida formação da consciência social, sobretudo acerca da doutrina social da Igreja, a qual contém os princípios de reflexão, os critérios de julgar e as diretivas práticas (cf. Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução sobre a liberdade cristã e libertação, 72). Tal doutrina já deve figurar na instrução catequética geral, nos encontros especializados e nas escolas e universidades. A doutrina social da Igreja é, todavia, dinâmica, isto é, adaptada às circunstâncias dos tempos e lugares. É direito e dever dos pastores propor os princípios morais também sobre a ordem social, e é dever de todos os cristãos dedicarem-se à defesa dos direitos humanos; a participação ativa nos partidos políticos é, todavia, reservada aos leigos".

E, finalmente, no contexto da formação integral e unitária dos fiéis leigos, é particularmente significativo, para a sua ação missionária e apostólica, o crescimento pessoal no campo dos valores humanos. Precisamente neste sentido, o Concílio escreveu: "(os leigos) tenham também em grande conta a competência profissional, o sentido da família, o sentido cívico e as virtudes próprias da convivência social, como a honradez, o espírito de justiça, a sinceridade, a amabilidade, a fortaleza de ânimo, sem as quais nem sequer se pode dar uma vida cristã autêntica".

Ao amadurecer a síntese orgânica da sua vida, que, simultaneamente, é expressão da unidade do seu ser e condição para o cumprimento eficaz da sua missão, os fiéis leigos serão interiormente conduzidos e animados pelo Espírito Santo, que é Espírito de unidade e de plenitude de vida.

Para saber mais:
Estude na íntegra a carta encíclica ‘Christifideles Laici’ e os documentos do Concílio Vaticano II mencionados no texto acima (Constituição Dogmática ‘Lumen Gentium’ e o Decreto ‘Apostolicam Actuositatem’).
A RCC, um Movimento da Igreja ou uma Torrente de Graça?

Por Maria Eugenia de Gongora

Em Atos dos Apóstolos, encontramos a confirmação de como a Igreja tem sido revitalizada através da ajuda do Espírito Santo desde o início de sua vida. As primeiras comunidades, nas quais a “alegria e singeleza de coração” (At 2, 46) reinavam, eram ricas em dinamismo, abertura e zelo missionário. Estas comunidades partilhavam o partir do pão em amor fraternal, iluminadas pela Palavra, servindo uns aos outros com humildade mútua – e eram um testemunho autêntico que atraía a admiração daqueles que observavam os discípulos - estimulando em muitos o desejo pela conversão e por partilhar este novo estilo de vida. O Evangelho de São João nos oferece uma fotografia desta nova família espiritual dedicada a amar “Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado” (Jo 13, 34).

Estes irmãos daquele tempo testemunharam o poder e a eficácia da Palavra: curas, libertações, sinais e prodígios aconteceram em abundância. Nesta atmosfera, era normal viver sob a vigorosa ação de Deus, que produzia coragem renovada diante das perseguições, inspirando um amor profundo e crescente; e tudo isto era o fruto da Sua presença. Em Atos 1, 8, há uma referência específica à promessa de Jesus referente à efusão do Espírito e aos resultados maravilhosos de Sua ação em nossos irmãos daquele tempo. É certo, portanto, esperar que esta ação continuará a operar na Igreja de hoje também: toda a Igreja deve ser renovada.

Quando comparamos as primeiras comunidades de cristãos às de hoje, compreendemos que algo do amor e da intensidade daquele tempo foi perdido, provavelmente como consequência de termo-nos tornado mais burgueses e egoístas. A predisposição autêntica para com o ideal espiritual foi progressivamente diluída e substituída por um ceticismo frio que entorpece, limita e congela e, em seu pior estágio, mata. Não deveríamos talvez renovar nossa fé na promessa de Jesus que nos enviou Seu Espírito Santo no início da história da Igreja, assegurando-nos também: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20)? Vimos estas palavras de Jesus se tornarem realidade em diferentes fases da história da Igreja, particularmente em momentos difíceis devido a conflitos e situações que fizeram parecer que o barco de Pedro havia afundado: a ajuda divina nunca falhou e sempre estimulou novos dons espirituais através da renovação do impulso do Espírito. Hoje também somos atores e protagonistas de uma ação renovadora poderosa na Igreja, vivendo em uma “torrente de graça” abençoada que leva o nome de Renovação Carismática, um novo convite do Senhor para um Cristianismo que se manifesta através de sinais e comportamentos evidentes, o fruto de nossa abertura à maravilhosa ação do Espírito. Esta torrente renovadora envolve toda a Igreja: não podemos reduzi-la a um simples “Movimento” ou “Associação”; é um sopro poderoso do Espírito que queima na Igreja para nos tirar de nossa indiferença e torpor. Devemos recuperar este tipo de experiência, típica das primeiras comunidades cristãs, confirmando assim o que Jesus prometeu: “Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores que estas, porque vou para junto do Pai” (Jo 14, 12).

Para aqueles que dizem que a RCC passará, podemos responder com convicção de que isto não acontecerá: a Igreja, em toda a sua história, sempre recebeu do Espírito um sopro renovador em resposta às necessidades do mundo em cada era... e assim será no futuro” Obviamente, a fim de colaborar com esta “torrente de graça” neste período da história, também necessitamos de estruturas que possam garantir um serviço adequado à Igreja e à sociedade. Com este propósito a Igreja, em sua sabedoria, considera esta “torrente de graça carismática” também como um “Movimento Eclesiástico”, canonicamente reconhecido e aprovado. Assim o Santo Padre, João Paulo II, falou em sua mensagem aos Movimentos da Igreja e às Novas Comunidades na véspera de Pentecostes de 1998 (30 de maio) na Praça de São Pedro: “É a partir desta redescoberta providencial da dimensão carismática da Igreja que, tanto antes como depois do Concílio, aconteceu uma linha singular de desenvolvimento dos Movimentos da Igreja e de Novas Comunidades”. O termo “Movimento”, portanto, se refere às entidades que frequentemente são diferenciadas umas das outras, mesmo em sua forma canônica. Este termo não é uma definição rígida, nem tampouco expressa, de forma plena, a riqueza das formas que surgem da criatividade do Espírito de Cristo que traz vida. Além disso, também indica uma entidade eclesiástica concreta formada principalmente por leigos e leigas e que consiste na fé e no testemunho Cristão que baseiam a razão de sua existência em um carisma específico concedido ao seu próprio fundador em circunstâncias específicas e através de métodos específicos. É o Espírito que funda e dá identidade à RCC. Não temos dúvida quando afirmamos que é Ele que guia a RCC no caminho que a levou a ser aprovada pela Igreja através do reconhecimento papal dos estatutos e serviços do ICCRS, em 14 de setembro de 1993, durante a Festa da Exaltação da Cruz. Não podemos deixar de salientar que estes estatutos têm ajudado muitos países na elaboração de seus próprios estatutos, capacitando muitas comunidades locais da RCC a desempenhar fielmente tanto a missão de evangelização - através do testemunho do amor fraternal que Jesus nos ensinou – e da difusão e promoção da “Cultura de Pentecostes”, tão ardentemente desejada por nossos amados Papas João Paulo II e Bento XVI. Afirmar, portanto, que a RCC é uma “torrente de graça” não é uma contradição ao fato dela ser um “Movimento”. É, de fato, um movimento.... do Espírito Santo. Daí que, queridos irmãos e irmãs, convidamo-os para que, com Espírito renovado, deixem-se ser preenchidos pela graça divina a fim de viver e servir a Igreja fundada por Jesus: a Igreja de ontem, de hoje e de todos os tempos; a Igreja que Jesus confiou à ação santificadora do Seu Espírito!
Praticando o Carisma de Línguas na RCC

Por Julienne Mesedem

Escrever sobre o carisma de línguas é um tema delicado porque envolve emoção, pode ser inquietante e algumas vezes, pode nos enganar, pois desestabiliza nossos velhos hábitos, nossas seguranças humanas e nossa falsa grandeza. Quaisquer que sejam nossos sentimentos, abramos nossos corações para o Espírito Santo no qual todos nós acreditamos para sermos curados de nossos preconceitos e temores e ficarmos cheios do Seu amor e graças. Carisma é um movimento de graça que confere àquele/àquela que recebe um poder extraordinário de ação. É um dos frutos da efusão do Espírito Santo. Esta efusão é um derramamento interior causado por um novo encontro com Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, de uma forma bastante pessoal. Não é uma nova forma de vida, mas um processo que revive a graça batismal que, na maioria de nós, tornou-se dormente nas profundezas de nossa alma.

Os carismas são sinais visíveis do amor de Deus. São graças especiais que nos conferem a aptidão e disponibilidade para assumir várias funções e cargos que são úteis para a renovação e desenvolvimento da Igreja. Geralmente, os carismas são conferidos a um indivíduo através da imposição das mãos:

“Não negligencieis o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia quando a assembleia dos anciãos te impôs as mãos” (I Tm 4, 14).

“Por este motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (II Tm 1, 6).

Os carismas não dependem necessariamente da santidade de quem os exerce. Portanto, não permitamos que o pecado em nós nos impeça de exercê-los.

Entretanto, os carismas devem nos levar à santidade. É legítimo desejá-los na condição de que a vontade de Deus seja aceita, sem limitar, entretanto, a oferta do Senhor, impondo-Lhe o número de carismas que desejamos ter e exercer. A certeza da fé é necessária, pois os carismas poderão parecer, aos olhos dos homens, extraordinários, ridículos ou absurdos.

Há Muitos Carismas

Os carismas edificam a vida espiritual, elevam nossos louvores e guiam nossas orações de intercessão.

A. Rezando em Línguas, ou Glossolália

Este é o menor dos carismas, pois o “Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8, 26-27). É também uma oração de louvor a Deus quando as palavras nos faltam para expressar nossa gratidão sincera. Geralmente a oração em línguas é um dos primeiros carismas que recebemos de Deus. Seu exercício constante abre facilmente caminho para outros carismas, porque requer muita simplicidade, humildade verdadeira, abandono profundo e um colocar-se à disposição do Espírito Santo. Este carisma é muito útil nas orações de intercessão, libertação e cura. É um dos raros carismas que podem ser usados para proveito pessoal.

B. Cantando em Línguas

Cantar em línguas é cantar uma melodia que não é composta, mas é inspirada pelo Espírito Santo. Às vezes, esta melodia pode ser uma língua que entendemos e interpretamos; outras vezes pode ser um tipo de linguagem infantil pura que é entendida apenas pelo Senhor. Assim como os salmos são orações oferecidas aos homens por Deus, para falar com Ele, rezar em línguas é um tipo de oração inspirada pelo Espírito Santo, através da qual ELE mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza porque não sabemos o que pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis”. (Rm 8, 26).

O Beato Agostinho, em sua homilia sobre o Salmo 32, diz: “Não procure por palavras como se você pudesse explicar o que agrada a Deus. Simplesmente grite cantos de alegria...”.

Pode acontecer que recebamos os carismas de rezar e cantar em línguas e por vários motivos, como “temor de ser ridicularizado, vergonha, hesitar em exercer o dom, ignorância da presença do carisma, etc”, não o coloquemos em prática. Em tal situação, a ajuda de outros irmãos e irmãs no Grupo pode ser necessária para liberar os carismas. Pode bastar simplesmente deixar sua boca aberta enquanto um canto de Aleluia é cantado e ouvir outros cantando em línguas. Um entendimento pode ocorrer nesse momento e o dom ser liberado.

C. Falando em Línguas: Xenolalia

Significa falar em um língua que existe, mas não é conhecida em certo contexto, gerando a necessidade de interpretação. Geralmente este carisma é raro e quando ocorre há uma terceira pessoa – independente daquele /daquela que está falando em línguas – que recebe a interpretação do que foi dito. Em I Cor 14, 13, São Paulo diz: “Por isso, quem fala em línguas, peça na oração o dom de as interpretar”.

“Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas” (Mc 16, 17).

“Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (At 2, 4).

Que o Espírito Santo nos encha com Seus carismas para que nos preparemos melhor para a nova evangelização. Acrescentemos ao nosso carisma atos de amor, a fim de transformar nossas vidas em uma chama que nunca se apagará, pois “a caridade jamais acabará”. (I Cor 13, 8).

Fonte: ICCRS Outubro/Dezembro 2009
Formação de Líderes
Volume XXXV, Número 5
Intercessão: Dons e Carismas de Serviço

Peter Thompson

Em todo o mundo, literalmente, milhões de católicos e um grande número de cristãos de outras comunidades eclesiais já experimentaram o Batismo no Espírito Santo, com a manifestação dos carismas e dons espirituais, tanto comuns como extraordinários, que o acompanham.

No século passado, a consciência desses dons e carismas vem mais uma vez à tona na vida quotidiana da Igreja. A linguagem da Igreja tem cada vez mais incluído palavras que refletem um entendimento mais profundo dessas verdades constantes, e como usamos esses dons do Espírito para o bem comum e para a edificação do corpo. Em outras palavras, a serviço do povo de Deus.

Em cada um dos quatro Evangelhos, as palavras de São João Batista são lembradas. São João disse que Aquele que viria após ele "Vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3, 11; Mc 1, 8; Lc 3, 16; Jo 1, 33). Esta grande promessa é uma característica central dos Evangelhos. Jesus Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho de Deus, prometeu capacitar seus seguidores de todos os tempos com o poder do Espírito Santo, a fim de viver o Evangelho e espalhar a boa nova em todo o mundo.

Como Jesus usou os dons

Um bom lugar para começar a entender o uso dos dons e carismas de serviço é ler, em oração, cada um dos quatro Evangelhos e absorver em nosso próprio ser as maneiras como Jesus, cheio do Espírito Santo, usou esse poder a serviço do povo de Deus. À medida que viramos as páginas, somos confrontados com este poder de Deus sendo usado para a glória de Deus e para a edificação do povo de Deus.

Servir e satisfazer as suas necessidades

Inspirado pelo Espírito Santo, os escritores dos Evangelhos deixaram-nos um relato completo do ministério público de Jesus. Alguns dos milagres que Cristo realizou são registrados por nós, e podem nos ensinar muito. A uma palavra de sua mãe (João 2, 3), Jesus responde a uma necessidade bem prática: o vinho terminou e Ele faz um milagre, transformando a água em um vinho muito delicioso, de modo que todos os convidados do casamento pudessem beber à saúde e ao bem-estar do casal recém-casado.

Que ato profundo de amor e serviço! Nós, em nossa sabedoria humana, poderíamos pensar a respeito dessa necessidade por mais vinho como uma questão de pouca importância quando comparada às grandes necessidades do mundo. No entanto, Cristo, em seu grande amor, deseja nos ajudar não apenas em tempos de grandes crises, mas também nos eventos comuns que ocorrem em nossa vida diária.

Há relatos repetidos de Jesus curando doenças como a lepra, três relatos de mortos sendo ressuscitados. Os cegos, surdos, mudos, paralíticos e aflitos são curados. Os possuídos pelo demônio são libertados e a boa nova é proclamada com grande poder. Tudo isto é feito com amor e para a glória de Deus Pai.

Em João 11, Jesus nos diz que a ressurreição de Lázaro é para a glória de Deus. "Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus”. João 11, 4.

Jesus, em Seu grande amor, nos promete o Espírito Santo para que possamos ser usados por Deus para a Sua glória e para amar e cuidar de Seus filhos. Jesus nos diz: "Não vos deixarei órfãos” (Jo 14, 18). Em Jo 16, 7, Ele nos diz que nos enviará o Paráclito.

Como os apóstolos usaram os dons

Quando saímos dos Evangelhos para os Atos dos Apóstolos, vemos o cumprimento desta promessa com os Apóstolos e discípulos manifestando as obras que Jesus fez. Curando os enfermos, libertado os possuídos pelo demônio, ressuscitando os mortos, proclamando o Evangelho com poder, tudo sendo feito com amor, a serviço de Deus e para a glória de Deus. Na primeira cura milagrosa registrada em Atos, Capítulo 3, São Pedro não direciona a glória para si mesmo, mas aponta para Jesus. Atos 3, 12 diz: "Homens de Israel, por que vos admirais assim? Ou por que fitais os olhos em nós, como se por nossa própria virtude ou piedade tivéssemos feito este homem andar? ... Em virtude da fé em Seu nome foi que esse mesmo nome consolidou este homem, que vedes e conheceis”.

Não admira que a Santa Madre Igreja, a cada ano, no seu calendário litúrgico, faz-nos refletir sobre os Atos dos Apóstolos entre a Páscoa e Pentecostes. Quando ouvimos estas palavras novamente sendo proclamadas na celebração da Eucaristia, ouvimos como os apóstolos usaram os carismas que receberam em Pentecostes.

Nós também somos exortados a utilizá-los da mesma forma como fizeram, imitando-os como eles imitaram Jesus Cristo. Em I Cor 11, 1, São Paulo diz: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. Em I Cor 13, uma das passagens mais conhecidas das Escrituras, somos lembrados de que todos estes carismas devem ser usados com amor, a serviço do povo de Deus. Caso contrário, seremos apenas como um címbalo que retine e um obstáculo ao Evangelho. Se usados para a nossa própria glória, Deus não pode abençoar-nos. Embora, por amor ao Seu povo Ele escolha curar através de nós, o julgamento será severo.

Basta olhar para Atos 8, onde Simão, o mago, deseja comprar o poder do Espírito Santo. As palavras de São Pedro ressoam em nossos ouvidos. "Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom de Deus com dinheiro!" (Atos 8, 20).

Simão, o mago, terminou como um herege gnóstico. Até este dia, o pecado de Simão tem o seu nome.

Como devemos usar os dons

No Catecismo da Igreja Católica, o № 2003 conclui: “Seja qual for o seu caráter, às vezes extraordinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os carismas se ordenam à graça santificante, e tem como meta o bem comum da Igreja. Acham-se a serviço da caridade, que edifica a Igreja”.

Devemos, portanto, estar sempre conscientes de nossas próprias motivações pessoais quando buscamos ser usados por Deus no uso desses dons e carismas. Cada um de nós está sujeito à nossa natureza caída, à nossa concupiscência. Há o perigo do orgulho e do auto-engrandecimento quando somos usados por Deus, portanto devemos, como os Apóstolos, concentrar os nossos agradecimentos a Deus e dar a Ele a glória. Somos vulneráveis à sedução de orgulho; por isso, é de vital importância permanecermos humildes de coração e mente, mas alegrando-nos pelo fato de que Deus, em Seu amor e misericórdia por seus filhos, voluntariamente nos usa para curar os doentes, encorajar os desanimados, proclamar o evangelho, libertar os cativos e fazer as obras de Deus.

Lembro-me dos bons conselhos que o sacerdote de nossa missão na África Ocidental nos deu.

Durante a missa de abertura, ele lembrou a todos nós de nossa equipe que éramos inúteis e que precisávamos manter os nossos olhos fixos em Jesus. Nós veríamos o poder de Deus se manifestando e deveríamos nos manter perto de Jesus. Fui enviado antes da equipe principal para preparar o caminho com outro irmão em Cristo. Chegamos e descobrimos que deveríamos falar para uma multidão de mais de 5000 pessoas naquela noite.

Após as palestras, a dança e os mini dramas, fomos convidados para ministrar ao povo. Havia pais segurando crianças doentes, implorando pela mão curadora de Jesus. Em pânico, senti-me totalmente inútil. (Eu era inútil). Esqueci totalmente a instrução que eu havia ouvido naquela manhã. "Mantenha seus olhos em Jesus." Fugi da multidão e quando estava sozinho em meu quarto, falando com Jesus, confessei a minha falta de confiança Nele. Eu estraguei tudo, Senhor! Sim, meu filho, mas vou dar-lhe muitas outras oportunidades. Foi uma lição aprendida, mas ela me ajudou a lembrar que eu sou apenas um pequeno instrumento nas mãos de Deus e que Ele pode me usar da maneira que desejar. Tudo para glória de Deus e a serviço do amor ao Seu povo, quando ou onde quer que Ele escolha.

“Empenhai-vos em procurar a caridade. Aspirai igualmente aos dons espirituais”. I Cor 14, 1

Concluindo, embora percebamos nossa fraqueza e fragilidade e nossa tendência ao pecado, não devemos rejeitar os dons, mas abraçá-los com alegria, sabendo que a graça de Deus está lá para nos purificar no uso de Seus dons. Em Romanos 12, 6-8, Paulo nos instrui:

"Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a fé. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, que ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade”.
A Cultura de Pentecostes

Que a “Espiritualidade de Pentecostes” se propague pela Igreja para uma nova “Cultura de Pentecostes”

Durante o Pontificado de João Paulo II (maio de 2004) e de Bento XVI (setembro 2005), tem havido um forte encorajamento para que a Igreja propague a Cultura de Pentecostes. Obviamente este é um conceito amplo, com várias dimensões, mas, sem dúvida, este chamado encontra eco na Renovação Carismática. Por ocasião do 40º aniversário da RCC, o Cardeal Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, falou sobre a experiência do batismo no Espírito ou efusão do Espírito. Ele disse que esta experiência, que é central para a Renovação Carismática e que tem envolvido milhões de católicos em todos os continentes, poderia ser o ponto de partida para a Cultura de Pentecostes.

A Graça de Pentecostes é uma Graça Missionária

É, portanto, importante que abracemos o nosso mandato. Não fomos chamados apenas a ser pessoas que experimentaram um “Pentecostes pessoal”, que é obviamente muito importante, mas junto com essa experiência vem uma responsabilidade. Somos chamados a ser canais para as graças de Pentecostes na Igreja e no mundo. Quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos no Cenáculo, todos ficaram cheios do Espírito Santo. Eles experimentaram não apenas uma renovação pessoal, mas foram também capacitados com dons tais como a oração em línguas / glossolália e com coragem, o que lhes permitiu modificar poderosamente a cultura ao seu redor. Eles foram transformados e Pedro, que era um leigo sem instrução, foi capaz de convencer de tal forma as multidões que elas aceitaram sua mensagem e foram batizadas. Naquele primeiro dia, cerca de 3.000 novos convertidos foram acrescentados em número. Em todo o Livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas registra muitos casos em que os apóstolos agiram no poder do Espírito Santo e, consequentemente, a Igreja começou a crescer em número (por exemplo, Atos 2, 47; 4, 4; 5, 14; 6, 1; 7; 11, 21 e 24). Portanto, a graça de Pentecostes é essencialmente uma graça missionária. Embora reconhecendo que na Renovação Carismática não temos um monopólio do Espírito Santo, parece que temos uma vocação especial para sermos embaixadores do Espírito Santo e difundir a Cultura de Pentecostes. Isto foi enfatizado pelo Papa João Paulo II em 2002, quando ele disse:

"No nosso tempo, que é tão ávido de esperança, faça que o Espírito Santo seja conhecido e amado. Ajude a trazer para a vida aquela "Cultura de Pentecostes", que só ela pode tornar fecunda a civilização do amor e da co-existência amigável entre os povos. Com insistência fervorosa, não vos canseis de invocar "Vinde Espírito Santo! Vinde! Vinde! "(Discurso aos delegados da Renovação no Espírito Santo).

Saindo da Espiritualidade de Pentecostes para a Cultura de Pentecostes

O desafio para a RCC não é manter a espiritualidade de Pentecostes limitada ao Grupo de Oração, ou mesmo restringi-la apenas à Renovação Carismática. A evangelização deve ser uma prioridade para nós, como foi para os apóstolos, quando deixaram o Cenáculo. Já em 1992, o Papa Bento (então Cardeal Ratzinger) escreveu:

"Será que vamos descobrir o segredo do primeiro Pentecostes na Igreja? Será que vamos oferecer-nos humildemente ao poder renovador do Espírito Santo para que Ele possa nos libertar da nossa pobreza e da nossa total incapacidade de realizar a tarefa de anunciar Jesus Cristo aos nossos semelhantes?... O Cenáculo é o lugar onde os cristãos se deixam, ao acolher o Espírito Santo, ser transformados pela oração. Mas é também o lugar de onde saimos para levar o fogo de Pentecostes aos irmãos e irmãs "(Revista New Covenant).

Claramente, o Pentecostes é para o mundo. Trata-se de transformar a sociedade através do poder do Espírito Santo. A Cultura de Pentecostes cria uma sociedade que respeita a dignidade humana através do reconhecimento de que a humanidade é feita à imagem e semelhança de Deus.

É uma sociedade na qual a esperança reina de forma suprema e a luz brilha mais forte do que qualquer escuridão. É exatamente o oposto do relativismo cultural que permeia grande parte do nosso mundo. Em uma conferência em Lucca, Itália, em 2005, Salvatore Martinez definiu a Cultura de Pentecostes como "o antídoto para o mal obscuro do mundo". Em resposta, o Cardeal Rylko disse: "Temos que aprender o método do Espírito Santo que opera na história e renova a face da terra, para não sermos vencidos pelo mal".

Nós todos temos uma responsabilidade, como indivíduos e como Grupos, de discernir as formas pelas quais o Senhor nos chama a sermos os promotores da Cultura de Pentecostes. Uma maneira em que isso vai acontecer é intensificando a Espiritualidade de Pentecostes na Igreja. Talvez você possa fazer isso incentivando o maior número de pessoas a participar da Novena de Pentecostes, e, assim, juntarem-se ao testemunho mundial do Pentecostes das Nações. A partir deste local de intercessão, estaremos habilitados a estender a mão para o mundo, promovendo a Cultura de Pentecostes através do testemunho de nossas vidas e através das obras de misericórdia e justiça

Fonte:  http://www.rccbrasil.org.br/artigo.php?artigo=901
84º Semana Eucarística

Do dia 27 de maio a 2 de junho será realizada a 84º Semana Eucarística, no Santuário Nacional de Adoração Perpétua, localizado na Igreja de Sant’Ana, no Centro. Esta semana antecede e prepara os corações dos fiéis para a festa de Corpus Christi.

Durante esses sete dias especialmente dedicados à adoração a Jesus Sacramentado, a Igreja de Sant’Ana receberá todas as pastorais e movimentos arquidiocesanos. Haverá ainda a presença dos bispos e do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. De acordo com o Pároco da Igreja de Sant´Ana, Padre José Laudares, a ideia é convidar os fiéis, mostrando a importância da oração ao Santíssimo Sacramento. E ainda, ser um momento de evangelização, já que toda a evangelização parte da Eucaristia.

- Viver e revelar todo o mistério da Eucaristia e seu significado para a vida da Igreja, esse é o objetivo maior da Semana Eucarística, disse Padre José Laudares.

Padre Eugenio Barbosa Martins, Superior Provincial de Congregação do Santíssimo Sacramento — que tem a missão de viver e testemunhar o Sacramento da Eucaristia — considera esta semana como oportuna para apresentar o mistério do Cristo que se entrega para os cristãos católicos.

- A Semana Eucarística é a oportunidade que todos nós católicos temos de aprofundar o mistério da Eucaristia e a entrega do Cristo para toda a humanidade, disse o Padre.

De acordo com o sacerdote, será uma semana intensa de oração e evangelização, centralizada na pessoa de Jesus no Santíssimo Sacramento.

A Igreja de Sant’Ana fica na Praça D. Sebastião Leme, 11, no Centro. Confira a programação completa da 84° Semana Eucarística e participe da adoração a Jesus Sacramentado.


PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, dia 27 de maio

7h30m – Celebração Eucarística Solene
10h – Abertura da Semana Eucarística - Hora Santa com as escolas católicas e as escolas públicas - Oficiante – Dom Edson de Castro Homem
18h – Celebração Eucarística Solene
20h – Hora Santa da Família: Aliança de Casais com Cristo, Encontro de Casais com Cristo, Encontro do Diálogo, Equipes de Nossa Senhora, Movimento em Defesa da Vida e demais Pastorais ligadas à família -
Oficiante – Dom Antonio Augusto Dias Duarte

Sexta-feira, dia 28 de maio

7h30m – Celebração Eucarística Solene
10h – Hora Santa com os militares - Oficiante – Dom Edson de Castro Homem
15h – Hora Santa com o Apostolado da Oração - Oficiante – Dom Assis Lopes
18h – Celebração Eucarística Solene
20h – Hora Santa com a Renovação Carismática Católica - Oficiante – Padre Marcos Antonio C. P. Duarte

Sábado, dia 29 de maio

7h30m – Celebração Eucarística Solene
10h – Hora Santa da Iniciação Cristã: crianças e adolescentes (Catequese especial, Catequese Eucarística, coroinhas, Cruzada Eucarística, Infância Missionária, Movimento Eucarístico Jovem, Perseverança, crianças da catequese paroquial e crianças em geral) - Oficiante – Padre Cláudio dos Santos
15h – Hora Santa da Juventude - Oficiante – Dom Orani João Tempesta
19h – Celebração Eucarística Solene
20h – Assembleia Geral da Adoração Noturna - Diretor – Padre José Laudares de Ávila, SSS
21h – Hora Santa da Adoração Noturna - Oficiante – Padre José Laudares de Ávila, SSS

Domingo, dia 30 de maio

6h, 8h, 10h – Missas Dominicais
11h30m – Hora Santa com os movimentos relativos à deficiência: Fraternidade Cristã de Deficientes, Movimento dos Deficientes Físicos, Movimento Fé e Luz, Pastoral dos Surdos - Responsável – Padre Jayme Henrique de Araújo Oliveira
14h30m – Hora Santa com os Ministérios e serviços ligados à Liturgia: Acólitos, Liturgia, Ministério da Consolação e Esperança, Ministério do Acolhimento, Ministério Extraordinário da Comunhão Eucarística, Ministério da Visitação e música - Oficiante – Padre Cristiano Holtz Peixoto
16h – Hora Santa da Guarda de Honra do Santíssimo Sacramento - Pregador – Padre Egídio Doldi, SSS.

Segunda-feira, dia 31 de maio

7h30m – Celebração Eucarística Solene
15h – Hora Santa com os Movimentos Marianos: Federação das Congregações Marianas, Legião de Maria, Movimento Apostólico de Schöenstatt, Pia União das Filhas de Maria, Rosário em Família - Oficiante – Dom Edson de Castro Homem
18h – Celebração Eucarística Solene
20h – Hora Santa do Clero e Seminaristas, Clubes Vocacionais, OVS, Pastoral Vocacional e Serra Clube - Oficiante – Dom Orani João Tempesta

Terça-feira, dia 1º de junho

7h30m – Celebração Eucarística Solene
17h – Hora Santa dos Religiosos e dos Institutos de Vida Consagrada - Oficiante – Dom Wilson Tadeu Jönk
19h – Celebração Eucarística Solene
20h – Hora Santa com os Movimentos Leigos: Cursilhos da Cristandade, Focolares, Irmandades, Ordens Terceiras e Confrarias, Movimento Comunhão e Libertação, Neocatecumenato, Oficinas de Oração e Vida, Sociedade São Vicente de Paula, Representantes das Paróquias e Amigos da Rádio Catedral, Grupo TV e Rádio Canção Nova - Oficiante – Dom Antonio Augusto Dias Duarte

Quarta-feira, dia 2 de junho

7h30 – Celebração Eucarística Solene
10h – Hora Santa com o Vicariato Episcopal para a Comunicação Social: artistas, Rádio Catedral, Jornal “O Testemunho de Fé” e outros - Oficiante – Padre Omar Raposo de Souza
15h – Hora Santa dos Círculos Bíblicos e grupos de reflexão - Oficiante – Monsenhor Manuel Moreira Vieira
18h – Celebração Eucarística Solene
20h – Hora Santa do Vicariato para a Caridade Social: Ação Católica Operária, Banco da Providência, Círculos Operários, Juristas Católicos, Juventude Operária Católica, Liga Católica Jesus, Maria e José, M.F.C., Médicos Católicos, Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Pastoral da Sobriedade, Pastoral da Terceira Idade, Pastoral das Domésticas, Pastoral das Favelas, Pastoral do Menor, Pastoral do Trabalhador, Pastoral Penal, Renovação Cristã e Toca de Assis - Oficiante – Padre Manuel de Oliveira Manangão

Quinta-feira, dia 3 de junho
Solenidade de Corpus Christi

6h e 8h – Missas Festivas
10h – Solene Concelebração Eucarística - Presidida por Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
16h – Procissão de Corpus Christi - Da Igreja da Candelária para a Catedral de São Sebastião

Fonte:  http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O segredo da cura
Peça que o Espírito Santo o cure onde você realmente precisa


Em Lucas 5,1-5 temos um reflexo do que todos nós já passamos ou estamos passando. Pedro disse a Jesus: "Senhor, trabalhamos a noite inteira e não conseguimos nada" (idem 5b). Isso é reflexo do que vivemos e dizemos tantas vezes a Jesus: "Senhor, de que adiantou tanta luta?". Diante do desespero nós diremos sempre essa mesma frase.

O primeiro segredo da cura dos traumas de Pedro, que representa a Igreja, foi quando Cristo chegou e ele estava consertando a rede. À noite não tinha como ver que este objeto estava rasgado, e ele só viu isso de manhã.

Quando as coisas não estão bem em nossa vida, quando nos acontecem situações difíceis, buscamos culpados ou desculpas. Fracassos não resolvidos são semente de novos e maiores fracassos.

Você quer ser curado de seus traumas? Então é preciso consertar suas "redes"! O ser humano é capaz de realizar o ótimo, mas também capaz de realizar o péssimo, pois é como uma rede que vai se estragando ao longo da vida. Existem pessoas que trazem traumas desde a barriga da mãe, em sua infância, ou provocado por outras pessoas. A nossa grande missão é consertar as "redes"; é preciso lavar nossas "redes", nosso coração, que é sede das emoções e das decisões.

É necessário ter equilíbrio e dosar as coisas; ter disciplina no comer, em tudo. Sem disciplina espiritual não acontece cura. A indisciplina não deixa que a graça de Deus entre em nossa vida. As pessoas que não são capazes de fazer pequenas renúncias, não farão as grandes. Você quer ser uma pessoa curada? Cuide da sua alimentação; não prepare seu inconsciente para ter fome.

O grande poder de cura é a Palavra de Deus, é essa Palavra que tem poder de restauração. Quando ela entra em seu inconsciente começa a agir. Mesmo que você não sinta, saiba que a Palavra está agindo. Mas Deus não nos violenta nunca, Ele só age em nós quando permitimos Sua ação. O Todo-poderoso trabalha no diálogo, Ele cura cada coisa que vamos pedindo, por isso a necessidade de fazermos um roteiro. Preciso me conscientizar quais as áreas da minha vida precisam ser equilibradas.

99% das doenças vêm de traumas; e o trauma é o grande inimigo seu e meu. Existem pessoas que confessam seus pecados desde a infância, porque são traumas. O povo e os padres precisam se convencer de que não adianta reclamar. O trauma é como uma torneirinha pingando; enxugamos o local, mas depois está molhado novamente. Muitas pessoas fazem uma confissão sincera, mas, mesmo assim, continuam pecando, porque, na verdade, são portadoras de traumas e precisam ser curadas na raiz.

Por isso peça que o Espírito Santo venha curá-lo nas áreas que você realmente precisa.

Os traumas atingem três áreas:

- Física,
- Espiritual,
- Psicológica.

É preciso identificar quais são os seus traumas. Use sua memória para retomar a situação de pecado que você viveu, naquele em que você sempre caiu e peça a Deus o discernimento para descobrir a raiz desse mal [pecado].

Padre Léo - Fundador da Comunidade Bethânia, falecido em 2007

Comunidade Canção Nova

Homilia de 24 de Maio de 2010

Uma Vocação Frustrada*


O evangelho de Marcos é o mais rico em assinalar pormenores emocionais de Jesus. Hoje, por exemplo, temos dois dos muitos “olhares” de Cristo que Marcos anota no seu evangelho. O primeiro é dirigido com carinho a um jovem rico, e o segundo aos discípulos com alento e compreensão. Os dois olhares marcam as duas partes de que consta o evangelho de hoje: encontro de um jovem rico com Jesus e lição deste aos seus discípulos sobre a riqueza.

Em certa ocasião um homem rico aproximou-se de Jesus perguntando-lhe: Bom mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Ele respondeu-lhe enumerando os mandamentos. O rico – um jovem, segundo Mateus – diz tê-los cumprido desde pequeno. Então Jesus olhou0o com carinho e disse-lhe: “uma coisa te falta: vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres – assim terás um tesouro nos céu – e depois segue-me”.

Ultrapassado o nível mínimo da lei, o Senhor entra numa etapa mais exigente: o desprendimento de tudo o que se possui. Só completando este segundo passo, a pobreza voluntaria, se acede à categoria de discípulo por meio do seguimento. Cristo faz a proposta seguindo seguindo as leis de uma pedagogia personalizada e responsabilizadora, isto é, sem oprimir nem impor, e respeitando a livre decisão do sujeito, que neste caso resultou negativa: “A estas palavras, ele contristou-se e saiu pesaroso, porque era muito rico”.

Perante o fracasso desta vocação, Jesus comenta: Como é difícil aos ricos entrar no reino de Deus. O desenlace da cena oferece-lhe oportunidade de instruir os seus discípulos sobre os perigos da riqueza e a necessidade do desprendimento dos bens terrenos para alcançar o Reino.

Porque ter alma de rico, isto é, “por a confiança no dinheiro”e no que se possui, supõe uma dificuldade tão grande para esse objetivo como a passagem de um camelo pelo buraco de uma agulha. Hipérbole oriental que ilustra bem a idéia. A pergunta para cada um de nós é esta: onde estamos colocando nossa esperança: em Deus, na sua palavra, ou no dinheiro, na nossa auto suficiência de viver uma vida sem Deus?

Riqueza evangelicamente falando, neste contexto, é uma vida onde tudo encontra-se em primeiro lugar e Deus em segundo. Por sua vez, pobreza evangélica é termos Deus como nossa única riqueza. Somente os pobres herdarão o Reino dos Céus.

Padre Pacheco,
Comunidade Canção Nova.
*Cf. B, CABALLERO. A Palavra de cada dia. p. 347. Paulus: 2000.

Liturgia Diária

Evangelho (Marcos 10,17-27)
Segunda-Feira, 24 de Maio de 2010
8ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”

20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” 24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Santa Cruz celebra Santa Rita de Cássia


Qui, 20 de Maio de 2010 16:58
Escrito por Marcylene Capper


A comunidade de Santa Cruz, na Rua dos Bandeirantes, 40, está em festa celebrando Santa Rita de Cássia durante todo o mês de maio. Nesta sexta-feira, dia 21, haverá Missa pelos Desaparecidos, às 19:30h e uma Ave Maria Luminosa, a partir das 00:30h. No dia da Padroeira, dia 22, Sábado, os festejos começam cedo, às 6:00h, com Alvorada. Monsenhor Luis Arthur, Vigário Episcopal do Vicariato Oeste, celebra às 15:00h. A carreata está marcada para as 17:00h, seguida de Missa às 19:00h,celebrada pelo Padre Adilson.

http://www.radiocatedral.com.br/home/index.php?option=com_content&view=article&id=194:santa-cruz-celebra-santa-rita-de-cassia&catid=34:news-da-arquidiocese&Itemid=43

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Pentecostes

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia".

No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).

Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.
                Pentecostes: O retorno do Espírito de Jesus Ressuscitado entre os seus


“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2, 1-4).

“Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “Paz a vós! Shalom!” Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: ‘A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.’ Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos’ ” (Jo 20,19-23).

Com essas palavras o evangelista João descreve o Pentecostes joanino, diferentemente do Pentecostes retratado por São Lucas (cf. At 2, 1-4), que é uma maneira distinta de conceber o dom do Espírito. Enquanto Lucas vê o Espírito Santo, sobretudo, como um dom feito à Igreja em vista da sua missão e o coloca no dia de Pentecostes; João, por outro lado, vê o dom do Espírito como o princípio da vida nova, jorrada da Páscoa de Jesus e assim liga a Páscoa a Pentecostes.

Portanto, o Espírito não só reanima a Igreja, como também a empurra no mundo para que comunique a todos o amor experimentado como chamado da salvação universal. Agora podemos compreender melhor a relação íntima entre Cristo e o Espírito e a dimensão progressiva pneumática do quarto Evangelho, vista como a penetração íntima no mistério de Cristo.

Ao início do Evangelho, de fato, é feita uma promessa com a descida do Espírito sobre o Messias: haverá “um batismo no Espírito Santo” (cf. Jo 1,33ss), acontecimento confirmado também no colóquio entre Jesus e a mulher samaritana (cf. Jo 4,14ss). Esta promessa, em seguida, vem apresentada com relação “à glorificação” de Jesus, que indica a Sua morte gloriosa, antecipada no discurso feito por Cristo durante a festa das tendas, (cf. Jo 7,37-39) que depois foi concluída na cruz, quando o Senhor doa o Seu Espírito à Igreja nascente, representada por Maria e pelo discípulo amado (cf. Jo 19,25-27). Enfim, ela é difundida com a Ressurreição de Cristo no dia de Páscoa, quando o Ressuscitado sopra sobre os discípulos fazendo-os protagonistas no mundo da vida nova, que Ele operou neles (cf. Jo 20,22). No Evangelho de João o dom do Espírito Santo inaugura o Pentecostes na Igreja.

Também o nosso tempo é chamado a ser uma nova graça do Espírito e o desejamos com as palavras proféticas do patriarca Ignácio IV de Antioquia: “O acontecimento pascal, que aconteceu de uma vez para sempre, como condiciona o nosso hoje? Por obra d’Aquele que, do fim ao início, é o artífice na plenitude dos templos: o Espírito Santo. Sem Ele, Deus é distante, Cristo permanece no passado, o Evangelho é carta morta, a Igreja, uma simples organização; a autoridade, uma dominação; a missão é propaganda; o culto, uma simples recordação; o agir cristão, uma moral do escravo.

Mas n’Ele há uma sinergia indissociável, o cosmos é elevado e geme no parto do Reino, o homem luta contra a carne, Cristo, ressuscitado, está aqui, o Evangelho é potência da vida, a Igreja quer dizer a comunhão Trinitária, a autoridade é um serviço libertador, a missão é um Pentecostes, a liturgia é memorial e antecipação, o agir humano é deificado. […] Esta sinergia do Espírito Santo introduz ao nosso mundo horizontal um dinamismo novo, a um tempo todo diferente e todo interiorizado”.

Estes são os votos que fazemos por ocasião de Pentecostes: abramos espaço ao Espírito Santo em nosso interior, invocando-O como Consolador, Amigo e Guia de nossa vida cristã.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

LUCERNÁRIO

No próximo domingo dia 16 de maio teremos em nossa capela a celebração do Lucernário às 19 :30. que terá como Oficiante o Seminarista Leandro Soares.


Que consiste esse rito?   


O lucernário consiste em acender ritualmente as luzes ao cair da noite.
É um rito presente em várias culturas e religiões, em particular entre os Hebreus, que o faziam sobretudo no início do sábado e das festas importantes.
Os cristãos celebram-no desde tempos remotos, como testemunha Hipólito no início do séc. III.
Nele se joga com o rico simbolismo da luz, através do qual é fácil passar da luz dos cosmos à luz que é Cristo.
Nas liturgias bizantina e ambrosiana ainda hoje as Vésperas começam com um rito lucernário,
com cânticos e orações à luz.
Na liturgia romana, a Vigília Pascal inicia com um solene rito lucernário, com a bênção do lume novo, à qual segue o acendimento do círio pascal.


Contamos com a sua  presença e de toda a sua familia!
Paz  e bem!
             

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Liturgia Diária - Sexta-Feira, 7 de Maio de 2010

Evangelho (João 15,12-17)

5ª Semana da Páscoa

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.

14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Quem pode me libertar do pecado?

Por Padre Luizinho no dia 5 maio de 2010 sobre Seminário de vida Online


A nossa liberdade mal conduzida gerou o pecado, desfez a harmonia da criação entre o homem e Deus, a comunicação entre nós e a natureza. O pecado trousse a morte, ele é a causa de todo o mal, quem poderá nos salvar deste corpo mortal, pergunta São Paulo. Deus nos ama mesmo com o nosso pecado, mas por causa deste amor e por não conseguirmos vencer o pecado e a morte sozinhos Ele nos deu a solução:


Essa é a boa noticia que eu tenho para dar a você: “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu filho único, para que todo aquele que nele crê não pereça mais tenha a vida eterna” (Cf. João 3,16).

Como Jesus nos salvou?

Jesus nos salvou pela sua morte: “Ninguém me tira a vida, mas eu a dou por própria vontade. Eu tenho poder de dá-la, (Cf. João 10,18). “Quanto mais o sangue de Cristo purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Pois em virtude do Espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha” (Cf. Hebreus 9,14).

Jesus nos salvou pela sua ressurreição: O salário do pecado é a morte, pela Sua ressurreição Cristo nos devolve a vida: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Jesus disse então: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá”. (São João 11,25)

“Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo para uma esperança viva” (I Pedro 1,3).

Jesus nos salvou pela sua glorificação: “Mas Deus, rico em misericórdia, pelo imenso amor com que nos amou, quando ainda estávamos mortos por causa dos nossos pecados, deu-nos a vida com Cristo. (É por graça que fostes salvos!) E ele nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez sentar nos céus, em virtude de nossa união com Cristo Jesus! Assim, por sua bondade para conosco no Cristo Jesus, Deus quis mostrar, nos séculos futuros, a incomparável riqueza de sua graça. É pela graça que fostes salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós: é dom de Deus!” (Cf. Efésios 2,4-8).

Jesus é o único salvador: “Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado à humanidade pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4,12). Jesus nos perdoa e liberta do pecado.

Jesus pela sua morte e ressurreição venceu os nossos piores inimigos: “Aquele que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornemos justiça de Deus” (2 Cor 5,21).


1° Jesus venceu satanás;
2° Jesus venceu o pecado;
3° Jesus venceu a morte.

Jesus nos devolve a paz: O caso da pecadora publica: Ele levantou-se e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor!” Jesus, então, lhe disse: “Eu também não te condeno. Vai, em paz e de agora em diante não peques mais” (Cf. João 8, 11).

Jesus devolve-nos a paz com os outros: o caso de Zaqueu, que tinha roubado muita gente cobrando os impostos: Zaqueu pôs-se de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. Jesus lhe disse: “Hoje aconteceu à salvação para esta casa, porque também este é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. (Lucas 19,9-10).

Jesus nos devolve a paz com Deus: Crucificado Jesus escuta dois ladrões, que também eram crucificados como ele, um deles suplica: “Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar”. Ele lhe respondeu: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23, 42-43).

Mesmo que seus pecados sejam muito grandes e nesta luta parece que você não irá vencer Jesus Salvador te diz: “Eu vos disse estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (João 16,33).

Oração: Eu te agradeço Pai Santo por haver nos dado tão grande Salvador, pelo teu imenso amor acolho Jesus Cristo como o meu Salvador. Não há outro nome pelo qual eu deva ser salvo e liberto do pecado e da morte. Senhor Jesus Cristo, coloco-me nas chagas do teu amor, pois pela tua morte e ressurreição foi vencido o pecado a morte. Renunciando ao pecado e todas as seduções do mal, quero te seguir e aceitar como meu salvador, a solução contar todo o mal. Jesus Salva, Jesus Cura, Jesus Liberta…

Clique em comentários e diga, como que Jesus Salvador é a solução em sua vida hoje?


Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.