sábado, 14 de janeiro de 2012

Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário


O escultor espanhol e catedrático da Universidade de Sevilha, Juan Manuel Miñarro estudou durante dez anos o Santo Sudário de Turim. Como resultado esculpiu um Crucificado que, segundo o artista, seria uma reprodução científica do estado físico de Nosso Senhor Jesus Cristo depois de sua morte.O autor não visava provar a existência de Jesus de Nazaré, mas destacar os impressionantes acertos anatômicos constatados no estudo científico do Santo Sudário.
O professor Miñarro disse à BBC Brasil que, embora tenha privilegiado a “exatidão matemática”, “essa imagem só pode ser compreendida com olhos de quem tem fé”.
“A princípio, ela pode chocar pelo realismo, mas ela reproduz com fidelidade a cena do Calvário”, completou. Miñarro levou mais de dois anos para concluir sua obra.
O escultor não trabalhou só. Ele presidiu o trabalho de um grupo de cientistas que levaram adiante uma investigação multidisciplinar do Sudário de Turim.
Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário
O crucificado é o único “sindônico” no mundo, pois reflete até nos mais mínimos detalhes os múltiplos traumatismos do corpo estampado no Santo Sudário.
A imagem representa um corpo de 1,80 metros de altura, de acordo com os estudos no Sudário feitos pelas Universidades de Bolonha e Pavia. Os braços e a Cruz formam um ângulo de 65 graus.
A Coroa de Espinhos tinha forma de casco, cobrindo toda a cabeça, e foi feita com jujuba “ziziphus jujuba”, uma espécie de espinheiro cujas agulhas não se dobram.
A pele apresenta exatamente o aspecto de uma pessoa morta há uma hora. O ventre aparece inchado por causa da crucifixão.
O braço direito aparece desconjuntado pelo fato do crucificado se apoiar nele à procura de ar durante a asfixia sofrida na Cruz.
O polegar das mãos está virado para dentro, reação do nervo quando um objeto atravessa a munheca.
A escultura reflete também a presença de dois tipos de sangue: o vertido antes da morte e o derramado post mortem. Também aparece o plasma da ferida do costado, de que fala o Evangelho.
A elaboração destes pormenores foi supervisionada por hematologistas. A pele dos joelhos está aberta pelas quedas e pelas torturas.
Há grãos de terra incrustados na carne que foram trazidos de Jerusalém.
As feridas são típicas das produzidas pelos látegos romanos, que incluíam bolas de metal com pontas recurvadas para rasgar a carne.
Não há zonas vitais do corpo atingidas pelos látegos porque os verdugos poupavam essas partes para que o réu não morresse na tortura.
A maçã do rosto do lado direito está inchada e avermelhada pela ruptura do osso malar.  Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário A língua e os dedos do pé apresentam um tom azulado, característicos da parada cardíaca.
Por fim, embaixo da frase em hebraico “Jesus Nazareno, rei dos judeus”, a tradução em grego e em latim está escrita da direita para a esquerda, erro habitual naquela época e naquela região.
A escultura esteve exposta na igreja de São Pedro de Alcântara, Córdoba, Espanha, e saiu em procissão pelas ruas da cidade durante a Semana Santa.
Com os mesmos critérios e técnicas, Miñarro está criando outras imagens que representam a Nosso Senhor em diferentes momentos de sua dolorosa Paixão.
Isaías 53
 Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário “Ele subirá como o arbusto diante dele, e como raiz que sai de uma terra sequiosa; ele não tem beleza, nem formosura; vimo-lo, e não tinha aparência do que era, e por isso não tivemos caso dele.
“Ele era desprezado, o último dos homens, um homem de dores; experimentado nos sofrimentos; o seu rosto estava encoberto; era desprezado, e por isso nenhum caso fizeram dele.
“Verdadeiramente ele foi o que tomou sobre si as nossas fraquezas, e ele mesmo carregou com as nossas dores; nós o reputamos como um leproso, como um homem ferido por Deus e humilhado.
“Mas foi ferido por causa das nossas iniqüidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre ele, e nós fomos sarados com as suas pisaduras.” (Isaías 53, 2-5).

Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/blog/

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Nossas escolhas e suas consequências

Sentir o peso das próprias escolhas é profundamente pedagógico

É interessante perceber como, atualmente, a maioria das pessoas tem uma grande dificuldade para lidar com as consequências de suas escolhas. Sim, vivemos uma concreta crise no senso de responsabilidade, em que muito se escolhe e pouco se quer arcar com as consequências do que se escolhe.

É notória a necessidade manifestada por muitos de, consciente ou inconscientemente, sempre procurar culpados para justificar os próprios sofrimentos, não aceitando que estes, muitas vezes, são diretas consequências das más escolhas que nós fizemos em nossa trajetória pela vida.

É muito mais fácil culpar a alguém por nossos infortúnios – principalmente a Deus –, contudo, ancorado em tal prática o coração nunca poderá verdadeiramente crescer, pois ficará encarcerado em um imaturo – e infantil – sistema de autodefesa e justificação, que retirará do ser toda a responsabilidade pelas escolhas realizadas, fazendo-o descarregar sobre os outros as suas consequências.

Precisamos, mais do que nunca, aprender a arcar com as consequências de nossas escolhas, sabendo que somos os reais protagonistas de nossa existência e que esta só poderá acontecer com qualidade, se por ela (qualidade) decidirmos em cada fragmento que compõe o nosso todo.

Faz-se real em nosso tempo a necessidade de fortalecer a própria vontade. Sim, de resgatar a capacidade de escolher com clareza, tendo diante de si a consciência concreta das consequências do que se escolhe. Nossa vontade precisa ser forte, pois só assim ela poderá acontecer com liberdade e segurança, sem ser condicionada por vícios e más paixões que a deixem opaca e fragmentada.

A maturidade só poderá fazer-se presença na história de quem tiver honestidade o bastante para lidar com as reais consequências do que escolheu, pois, ao contrário, a infantilidade será uma contínua companheira que fará o olhar – sempre e em tudo – contemplar a vida sob uma ótica imprecisa e autopiedosa.

Diante disso, acredito que os pais precisam permitir aos filhos enfrentarem todos os sofrimentos causados por suas más escolhas, pois, se os ausentarem disso, eles nunca conseguirão crescer e acabarão aprisionados a uma intensa imaturidade: mimados e sem uma reta consciência das consequências daquilo que na vida eles realizaram o ofício de escolher.

Sentir o peso das próprias escolhas é profundamente pedagógico e formativo para toda e qualquer pessoa, é experiência que nos faz mais autônomos e livres, para assim podermos nos construir com responsabilidade e consciência, como autênticos seres humanos.

É extremamente necessária esta compreensão: Muito em nossa história dependerá de Deus e dos outros, contudo, muito também depende somente de nós e das escolhas que fizermos e, culpar os outros pelo que em nossa vida não é tão bom não eliminará definitivamente as dores e problemas que configuram nossos dias.

Enfrentemos nossa história e suas consequências sem medo, e, aprendamos com os erros passados a verdadeiramente construir as vitórias e realizações que o futuro reserva para cada um de nós.

Padre Adriano Zandoná

Papa ensina receita para viver com confiança e alegria


"Somente vendo que Deus está conosco podemos ver luz para o nosso ser, sermos felizes por sermos homens e viver com confiança e alegria", afirmou o Papa Bento XVI na Catequese desta quarta-feira, 4. Em 2012, esse foi o primeiro encontro entre o Pontífice e os peregrinos para as tradicionais Audiências Gerais.


Na esteira do Tempo Litúrgico do Natal, o Santo Padre falou sobre os mistérios do Natal e da Epifania. "O Natal celebra o fato histórico do nascimento de Jesus em Belém. A Epifania, nascida como Festa no Oriente, indica um fato, mas, sobretudo, um aspecto do mistério: Deus revela-se na natureza humana de Cristo e esse é o sentido do verbo grego epiphaino, tornar-se visível", explica.

"Podemos quase dizer que, na Festa do Natal, sublinha-se o escondimento de Deus na humildade da condição humana, no Menino de Belém. Na Epifania, ao contrário, evidencia-se o Seu manifestar-se, o aparecer de Deus através desta mesma humanidade", destacou.

"Qual é a primeira reação diante desta extraordinária ação de Deus, que se faz criança, que se faz homem? Penso que a primeira reação não pode ser outra que não alegria", questionou e respondeu Bento XVI. E de onde nasce essa alegria? O Papa indica:

"Diria que nasce do estupor do coração em ver o quanto Deus nos é próximo, o quanto pensa em nós e age na história. O Natal é alegria porque vemos e estamos finalmente seguros de que Deus é o Bem, a Vida, a Verdade do homem e se abaixa até o homem para levantá-lo a Si. Deus torna-se tão próximo a ponto de se deixar ver e tocar".

Nessa perspectiva, o Natal é o ponto em que céu e terra unem-se. Esse fato é descrito pela expressão admirabile commercium, isto é, admirável intercâmbio entre divindade e humanidade.

"O Verbo assumiu a nossa humanidade e, em troca, a natureza humana foi elevada à dignidade divina. O segundo ato do intercâmbio consiste na nossa real e íntima participação na natureza divina do Verbo. [...] O Natal é, portanto, a festa em que Deus se faz tão próximo ao homem a ponto de partilhar o seu próprio ato de nascer, para revelar-lhe a sua dignidade mais profunda: aquela de ser filho de Deus. E, assim, o sonho da humanidade iniciado no Paraíso – queremos ser como Deus – realiza-se de modo inesperado não pela grandeza do homem, que não pode se 'fazer Deus', mas pela humildade de Deus, que desce e assim entra em nós na sua humildade e nos eleva à verdadeira grandeza do seu ser".

O Papa destaca que a Eucaristia é a modo mais concreto em que esse maravilhoso intercâmbio se realiza. Da mesma forma, disse que o Evangelho é a luz a não se esconder, mas colocar sobre a mesa. "A Igreja não é a luz, mas recebe a luz de Cristo, acolhe-a para ser por ela iluminada e para difundi-la em todo o seu esplendor. E isso deve acontecer também na nossa vida pessoal".

Enfim, apontou que o Natal é deter-se no contemplar daquele Menino, o Mistério de Deus que se faz homem na humildade e na pobreza.

"Mas é, sobretudo, acolher novamente em nós mesmos aquele Menino, que é Cristo Senhor, para viver da sua mesma vida, para fazer sim que os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações, sejam os nossos sentimentos, os nossos pensamentos, as nossas ações. Celebrar o Natal é, portanto, manifestar a alegria, a novidade, a luz que esse Nascimento trouxe a toda a nossa existência, para sermos também nós portadores de alegria, da verdadeira novidade, da luz de Deus aos outros".

A audiência

O encontro do Santo Padre com os cerca de 9 mil fiéis reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano, aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 7h30 no horário de Brasília).

Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

"Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! O Natal é um convite a contemplar no Menino Jesus o Mistério de Deus que se faz homem na humildade e pobreza, e, sobretudo, a acolher em nós mesmos este Menino, que é o Cristo Senhor, para fazer com que os seus sentimentos, pensamentos e ações sejam também os nossos. Portanto, sede portadores da alegria, novidade e luz de Deus manifestadas no Natal. De todo o coração, desejo-vos um Ano Novo abençoado".

2012 será o ano da vitória de Deus para nós!

O ser humano é capaz de mudar

"Ano novo, vida nova!" , "Próspero Ano Novo!" , "Que tudo de bom aconteça!", "Muita paz, saúde e dinheiro no bolso!", entre outras. São frases que sempre ouvimos nesta época do ano. Estive pensando no que está por trás desses dizeres... Eles são expressões do desejo do ser humano de ser feliz; expressões da capacidade humana de sonhar com um mundo melhor. Expressões da esperança que, graças a Deus, teima em não morrer em nossos corações. Porém, este desejo, estes sonhos, esta esperança, – para muita gente –, acabam se tornando, a cada ano, apenas ilusões e fantasias que não se concretizam.

Como fazer para que o ano novo seja melhor para nossas vidas?

O ser humano é capaz de mudar. Mas só isso não é suficiente. Ele só é feliz se melhorar. Mudar é importante, mais que isso: melhorar é essencial para a realização humana. Tudo bem.

Então, como você pode melhorar? Como eu posso fazê-lo? Eu creio (e tenho experimentado isso, assim como milhares de pessoas) que só melhoramos se formos impulsionados por algo além dos limites de nossa querida, porém, frágil, humanidade. Eu tenho visto muitas melhoras em minha vida sempre que deixo a graça de Deus – que vai infinitamente além dos meus limites – agir em minha vida.

Interessante é que descobri algo novo, para mim, neste fim de ano: RÉVEILLON vem do verbo "reveiller" do francês, que quer dizer: "Despertar". Mais do que nunca, eu creio e propago: "Quer viver o ano de 2012 excelente e abençoado?" Viva um Réveillon verdadeiro. O ano inteiro. O Réveillon para Deus! O Despertar para Deus! Que a graça infinita do Senhor, e que o Espírito Santo o desperte e me desperte para Ele. Acordemos, despertemos, irmãos! Reconheçamos em que temos deixado a desejar diante do Senhor. Reconheçamos nossos pecados. Convido você a orar comigo com uma sólida decisão de mudança:

"Acorda-me, Senhor, para Ti! Desperta minha alma de toda sonolência. Reinflama meu relacionamento Contigo, Jesus! Reinflama minha fé em Tuas promessas! Reinflama meu fervor para ser Igreja! Reinflama meu desejo de evangelizar!"

Se por um lado, precisamos louvar a Deus por todas as maravilhas que Ele já fez em 2011; por outro, o plano d’Ele só se cumprirá em nossas vidas em 2012 se tivermos o desejo ardente de experimentar um novo "despertar espiritual", um reinflamar da unção do Espírito Santo em nós.

Proclamamos pela fé: 2012 será o ano da vitória de Deus para nós!

Ulisses Henrique–Missionário da Comunidade Canção