domingo, 6 de junho de 2010

“Ser Padre é renunciar em favor do próximo”



Hoje o especial “Ser Padre” vai contar a história do Padre Nelson Rodrigues Rabelo, um homem simples que dedicou sua vida a Deus. Perseverança é uma característica marcante nele, que sabendo de sua vocação desde criança, só foi ordenado padre aos 52 anos. Isso porque, durante seu período no Seminário, descobriu uma doença grave e teve que intercalar os estudos com tratamento médico. Atualmente, aos 90 anos, ele é Vigário Paroquial da Igreja de Sant’Ana, no Centro, onde muitos fiéis são atraídos pelo seu dom de cura e libertação.

Todo sábado, na Capela de Sant’Ana, às 7h30m, ele celebra missa e às 8h30m inicia as orações de cura e libertação e as bençãos coletivas. Nenhuma dificuldade foi grande demais ou doença grave o bastante para afastar Padre Nelson de sua missão. Tudo ele superou e suportou em nome de Jesus Cristo.

Ele explica que percebeu sua vocação aos 14 anos, ao participar das missas. Ele é o quinto filho de uma família católica de seis irmãos, do interior de Minas Gerais, que o incentivou a seguir o sacerdócio.

Em 1936, aos 16 anos, ele ingressou no Seminário de Mariana, em Minas Gerais. Porém, depois de sete anos de estudo, começou a sentir-se muito mal devido à manifestação de uma doença chamada xistose, que era comum na época. Essa doença causa sérios problemas no baço, fígado e intestino, e o levou à paralisia temporária.

Então, Nelson foi transferido para o seminário de Belo Horizonte, onde teve acesso a medicamentos. Foi no período que esteve nesse seminário que conheceu a Congregação do Santíssimo Sacramento, na Catedral da Boa Viagem. Ele explica que sentiu o desejo de ingressar na vida consagrada e adorar a Cristo Sacramentado.

Um ano depois, mesmo sob cuidados médicos, ele foi aceito na Congregação para fazer o noviciado que o tornaria Padre religioso sacramentino. Estava já há dois anos dedicando-se a viver plenamente o mistério da Eucaristia, quando o médico constatou que seu caso tinha se agravado e que ele corria risco de vida se continuasse estudando.

- Foi um momento muito difícil, mas eu estava convicto da minha vocação e com a ajuda de Deus, persisti e permaneci na congregação como irmão leigo, disse o Padre.

Quando estava fisicamente melhor, ele se dedicou um ano para estudar Filosofia e Teologia, e no dia 17 de dezembro de 1972, aos 52 anos, foi ordenado Padre.

- Foi uma grande graça que recebi. Então fiz um pedido a Jesus Cristo: para que concedesse uma graça ou um dom para ajudar as pessoas.

Ele explica que recebeu o dom da cura e libertação. Durante muito tempo ele não foi aceito nas Paróquias por onde passou, até que foi enviado para o Rio de Janeiro, no dia 19 de abril de 1986, para fazer a administração econômica da Igreja de Sant’ana, onde até hoje exerce seu ministério e seu dom.

Para ele, ser Padre é renunciar a todas as coisas do mundo para dar sua vida pela salvação do próximo.

- Minha missão nesse mundo é salvar almas, finalizou o Padre.

* Foto: Victor Gonzalez

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