terça-feira, 13 de setembro de 2011

Deus insiste em amar e o homem insiste em trair!

Ao lermos as Sagradas Escrituras nos deparamos com a insistência de Deus em nos amar.
Não foram poucas as vezes que Deus fez aliança com seu povo, “vós sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus” (Ez. 36,28), prometendo-lhes infinitas graças e bênçãos.
Mas também não foram poucas as vezes que logo após o Senhor realizar maravilhas em favor do seu povo, esse, lhe virando as costas, e adorou a falsos deuses. E o pior é que ainda atribuíam as graças recebidas do Deus verdadeiro aos deuses produzidos por suas próprias mãos.
Ainda hoje é assim! O homem se emancipa de Deus, achando que é juiz de seus próprios atos e senhor de sua vida. Que não depende em nada d’Aquele que nos criou. E quando é abençoado acha inocentemente que tudo é resultado de seus próprios esforços.
Com o Salmista, muitas vezes me pergunto: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?” (Sl 8,5)
Compreendo o abismo que há entre mim e Deus, pois por muito menos julgo, condeno, elimino. Como diz a canção: “sou humano demais pra compreender, que aqueles que escolhestes e tomastes pela mão, geralmente eu não os quero do meu lado”.
Quantas vezes prometemos ao Senhor fidelidade, amor eterno, cumprir sua vontade? Mas quanta distância existe entre o que falamos e o que vivemos!
Diz o Senhor no livro de Oséias: “Meu povo é inclinado a separar-se de mim. Como poderei abandonar-te… ou trair-te? Meu coração se revolve dentro de mim eu me comovo de dó e compaixão [...] Porque sou Deus e não um homem…” (Cf. Os 11,7-9).
Mas como pode Ele continuar nos amando mesmo assim? Mesmo que tivesse toda a ciência do mundo, ainda assim, não compreenderia esse amor!
Cada um de nós pode rezar dizendo:
“Eu sou homem, por isso não entendo, mas agradeço. Não sei explicar, mas reconheço que se não fosse esse amor, não mais existiria. Tu és Deus e a mim resta o louvor e a adoração!”
“Perdoai todos os nossos pecados, acolhei-nos favoravelmente. Queremos oferecer em sacrifício a homenagem de nossos lábios” (Os 14,2).
Amém!

Ir. Kephas Filho das Santas Chagas, PJC.
www.ocaminho.org.br

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